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Cuidado! Brecha deixa estranhos espiarem grupos de WhatsApp

Do UOL, em São Paulo

11/01/2018 11h23Atualizada em 30/05/2020 15h23

A segurança do WhatsApp vive sendo questionada, mas a maioria do falatório vem de teorias de conspiração. Agora especialistas da Ruhr University Bochum, na Alemanha, se juntam ao coro e dizem que descobriram falhas na criptografia de ponta-a-ponta do app.

O portal "Wired" publicou nesta quarta-feira (10) uma reportagem sobre o artigo científico, que também destrinchou serviços rivais do WhatsApp como Signal e Threema. De acordo com a pesquisa, qualquer pessoa que controle os servidores do WhatsApp, como funcionários da empresa, podem adicionar secretamente pessoas em qualquer grupo de conversa no aplicativo.

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As pessoas que se enquadrariam nessa condição —de controlar o servidor— vão desde funcionários do WhatsApp até hackers que encontrem brechas no sistema ou governos que exigirem acesso legal às máquinas.

Isso importa porque, se for comprovada, essa falha permite forjar o processo de login e senha do WhatsApp e manipular as mensagens que avisam que pessoas foram adicionadas, infiltrando estranhos nos grupos em segredo.

Um infiltrado terá acesso a todas as mensagens futuras a partir do momento em que entrou, mas ele não poderá visualizar as passadas. Mas os pesquisadores admitem que o nível de sofisticação necessário para gerar esse cenário de ataque é pouco provável de ser realizado totalmente.

A equipe do WhatsApp respondeu ao UOL que checam essa questão "com cuidado", que construíram o app para que as mensagens de grupos não possam ser enviadas a um membro oculto, e que a privacidade e a segurança dos usuários é "muito importante", por isso criptografam as mensagens.

Além disso, o diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos, disse no Twitter que "as notificações claras e múltiplas formas de verificar quem está no seu grupo [do WhatsApp] impedem a espionagem silenciosa". O WhatsApp pertence ao Facebook desde 2014.

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