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Brasil é o terceiro país com mais spam; saiba se proteger desta praga

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

30/03/2018 08h59

O Brasil ocupa o terceiro lugar entre os países com maior incidência de spam, como são chamados aqueles e-mails e SMS com "ofertas imperdíveis" de lojas que você nem conhece e nem pediu por aquilo.

O dado vem de um relatório anual da empresa de segurança Symantec, divulgado nesta quinta-feira (29), que registrou atividades das ameaças em mais de 157 países e territórios.

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Além do spam, o país de Neymar ficou em quarto lugar em uso de bots, robôs de programação que imitam o comportamento humano;  e sétimo em criptojacking, a nova categoria de golpe que usa o desempenho de seu computador ou celular para minerar criptomoedas, como o bitcoin, para outras pessoas.

No ano passado, a ascensão acelerada do bitcoin fez com que golpes que sequestram o processamento de aparelhos para minerar criptomoedas tenham aumentado mundialmente em 8.500% em 2017, segundo a Symantec. Esse tipo de ameaça pode deixar dispositivos mais lentos, superaquecer baterias e, em alguns casos, inutilizar dispositivos. 

Dos 157 países analisados pela Symantec, o Brasil é o sétimo que mais gera ataques cibernéticos como um todo, atrás de Estados Unidos, China, Índia, Rússia, Alemanha e Japão. Na América Latina, o país ocupa a primeira posição, com 3,39% dos ataques globais. O México, que é o segundo país da região, gera menos da metade, 1,20%.

    A boa notícia para o Brasil é que o país melhorou no quesito malware: caiu da sexta para a 13ª colocação no ranking global de 2016 para 2017. Outra melhora ocorreu em ataques de redes, indo do segundo lugar em 2016 para a oitava posição em 2017.

    Em outra pesquisa recente da Kaspersky, o Brasil ficou em 2017 no topo do ranking mundial de phishing, com 29,02% de usuários de soluções antivírus da empresa afetados. Phishing é a categoria de golpe em que mensagens enganosas convencem a pessoa a clicar em links maliciosos ou fornecer dados pessoais.

    Como se proteger?

    O spam é uma das pragas mais antigas da internet. Se você escreveu seu endereço de e-mail ou número de telefone em alguma loja online --algo que quase todo mundo já deve ter feito na internet pelo menos uma vez-- possivelmente você já foi vítima disso.

    Siga as dicas abaixo para, se não impedir completamente, reduzir drasticamente as chances de não continuar recebendo porcaria na sua caixa de entrada:

    • Faça compras ou preencha fichas cadastrais apenas em sites de empresas e instituições confiáveis. Quando se cadastrar, fique atento para saber se há uma opção para receber mensagens de anúncios. Se sim, desative todas. E para saber se o site é ou não confiável, siga estas dicas
    • Não clique em qualquer link que aparecer na sua frente, principalmente de mensagens com ofertas generosas ou histórias fantasiosas demais para ser verdade
    • Se o spam aparenta ser legítimo, fique atento se a mensagem dá alguma forma de "descadastrar" seu e-mail do mailing da loja. Geralmente há um endereço de e-mail para você responder dizendo que não quer mais, ou mesmo um link direto que faz isso sozinho. Só cuidado para não fazer isso em um spam legítimo, que pode usar isso como truque para confirmar que seu e-mail está ativo
    • Por fim, para cortar o mal pela raiz, use programas e aplicativos que impedem que as mensagens pentelhas ou ligações-robô sequer cheguem até você. Para celular, estes apps podem te ajudar

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