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Mulheres se sentem mais seguras e independentes com celular na mão

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Bruna Souza Cruz

Do UOL, em São Paulo

24/05/2018 13h50

O celular para você é sinônimo do que? Praticidade, mobilidade, algo para se manter conectado ou tanto faz?

Uma pesquisa realizada pela GSMA, associação global que representa mais de 800 operadoras de telefonia móvel no mundo, aponta que para as mulheres ter um celular nas mãos é questão de ter liberdade e mais segurança.

O levantamento contou com a participação de cerca de mil brasileiros e brasileiras com idades acima de 18 anos, e também foi realizado outros 22 países classificados como regiões com economias média e baixa.

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Segundo a pesquisa, 58% das mulheres brasileiras participantes disseram se sentir mais autônomas e independentes com o celular. Além disso, 68% afirmaram que se sentem mais seguras com um aparelho nas mãos.

Além da questão de segurança, 89% das entrevistadas usam o celular, pois ele permite que elas entrem em contato com amigos e familiares. Sem contar que 74% acreditam que o dispositivo ajuda na economia de tempo.

Apesar da importância do celular para as mulheres, a pesquisa indica ainda que a divisão no acesso aos dispositivos móveis também reflete a desigualdade de gênero. 

Mulher com menos chance de ter um celular

O Brasil já ultrapassou a marca de um celular por habitante. Até maio desde ano existiam 220 milhões de celulares ativos circulando no país, ante 209 milhões de pessoas apontadas pelo IBGE.

Até aqui não tem muita novidade. Mas dados da pesquisa mostram que as mulheres têm menos acesso aos celulares do que os homens.

De acordo com o estudo, elas têm 15% menos chances de possuir um smartphone do que um homem no Brasil. O número é superior em comparação com a média de países em desenvolvimento, onde este índice é de 10% (184 milhões de mulheres).

Brasileiras isoladas “do mundo”

Quando se pensa no acesso à internet móvel, o estudo também aponta uma diferença entre os dois gêneros no Brasil.

Nas zonas urbanas, as mulheres chegam a utilizar a internet no celular 2% a menos do que os homens.

Já nas áreas rurais, a diferença fica ainda maior, atingindo 32%. Fato que mostra o quão isoladas elas podem ficar do mundo conectado. A média global neste ponto é de 26% (1,2 bilhões de mulheres)

Segundo a empresa, entre as principais barreiras hoje identificadas para integrar a mulher ao universo digital estão:

  • Acessibilidade aos terminais e à cobertura de rede e eletricidade
  • Dados e tarifas
  • Proteção contra roubo e fraudes ao utilizar o telefone celular
  • Usabilidade dos terminais e serviços e conhecimento para utilizá-los
  • Cultura, estereótipos e normas sociais

A pesquisa da GSMA foi feita também países: Argélia, Argentina, Bangladesh, Brasil, Chile, China, Colômbia, Costa do Marfim, República Dominicana, Gana, Guatemala, Índia, Indonésia, Quênia, México, Mianmar, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Filipinas, África do Sul, Tanzânia e Tailândia.

O Chile foi incluído em algumas das análises, apesar de ser classificado como de alta renda pelo Banco Mundial.

Se quiser saber mais sobre as outras regiões, veja o relatório completo.