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Google é acusado de tornar acesso ao YouTube mais lento; veja como resolver

Marcelle Souza

Colaboração para o UOL

25/07/2018 16h16

Depois de receber uma multa bilionária por infringir a lei de concorrência da União Europeia, o Google está sendo acusado de favorecer o seu navegador, o Chrome, no acesso a vídeos do YouTube.

As críticas começaram depois que Chris Peterson, executivo do Mozilla, publicou nesta terça-feira (24) no Twitter uma mensagem dizendo que o novo design do YoTube estaria favorecendo o Chrome, em um possível boicote ao Firefox e ao Edge, seus concorrentes.

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Segundo Peterson, a lentidão acontece porque uma ferramenta do YouTube só teria sido implementada para rodar no Chrome, gerando lentidão até cinco vezes maior nos vídeos acessados em outros navegadores.

O Google, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o assunto. 

Vale lembrar que, além da possível lentidão, o YouTube abre uma janela pop-up automaticamente recomendando o Chrome toda para quem tenta rodar seus vídeos no Firefox ou no Edge.

Como resolver

Se você quiser evitar a lentidão, saiba que há um caminho para burlar a ferramenta e restaurar o design clássico, que é a versão mais rápida do YouTube.

No Firefox, acesse a loja de extensões no menu superior à direita (ou use Ctr+Shift+A). Em seguida, busque e baixe o app “YouTube Classic”.

No Edge, acesse a loja da Microsoft é baixe o “Tampermonkey”, depois execute a extensão em configurações > extensões. Em seguida, faça o download do script https://openuserjs.org/scripts/Cpt_mathix/Youtube_-_Restore_Classic.

Multa bilionária

A desconfiança de que a lentidão seja um boicote intencional aos concorrentes aumentou porque no último dia 18 o Google recebeu uma multa de 4,34 bilhões de euros (cerca de R$ 20 bilhões) por infringir leis europeias de concorrência.

De acordo com a Comissão Europeia, o Google teria exigido que os fabricantes pré-instalassem seu serviço de busca (Google Search) e seu navegador (Chrome) em celulares Android como condição para conceder a licença de uso de sua loja de aplicativos (Play Store).

“O Google impôs restrições ilegais aos fabricantes de dispositivos Android e operadores de redes móveis para consolidar a sua própria posição de domínio das buscas na interrnet”, disse em comunicado.