Made in China: as versões chinesas de empresas e serviços que usamos
Há um ditado que diz que "a cópia é o mais sincero dos elogios". Na China, um mercado fechado e uma internet censurada formam o caldo que faz surgir diversas empresas e serviços criados à forma e função de gigantes da tecnologia do outro lado do mundo.
De redes sociais a fabricantes de celular, listamos abaixo alguns exemplos de empresas e serviços chineses que, digamos, você já viu antes em alguem lugar.
Maratona de série é no iQiyi
Se você pretende ver uma série ou filme via streaming na China, certamente a Netflix não será sua escolha. Por lá, a população tem o iQiyi, plataforma de vídeos sob demanda criada em 2010 pelo Baidu (falaremos mais dele a seguir). Inicialmente um site bancado com propagandas, o iQiyi se tornou um serviço por assinatura e conta com mais de 50 milhões de assinantes e quase 180 milhões de usuários ativos por dia.
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iPhone ou Mate 10?
Ainda que a China seja o maior mercado para o iPhone no mundo, a Huawei é uma concorrente de peso. E isso é ainda é mais relevante se considerarmos que o consumidor local não é tão fiel a marcas quanto em outros países. O aparelho top de linha da marca é o Mate 10 Pro, um celular Android com tela grandona, processador de ponta e que não fica atrás nem de Apple nem de Samsung. É fã de iPhone X nenhum botar defeito.
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Bora comprar uma TV Xiaomi
A Xiaomi possui uma linha de produtos que vai de smartphones - alguns extremamente bem avaliados, como o Mi Mix 2 -, passa por um modelo de notebook e chega até uma linha de TVs. São modelos premium, de 65 polegadas, e recheadas de tecnologia, incluindo inteligência artificial. A empresa se assemelha a gigantes da tecnologia que fazem fama ao redor do mundo, como a Samsung.
Se quer achar algo, dê um Baidu
O termo "dar um Google" já virou comum e significa usar a ferramenta de busca mais popular do mundo para obter informações. Na China, porém, o site mais popular para isso é o Baidu. Além de mecanismos de busca, o Baidu também tem outras iniciativas, incluindo pesquisas no ramo de direção autônoma, similar ao que o Google faz com o Waymo.
Me manda um WeChat
O WeChat é um sucesso na China, assim como o WhatsApp é no Brasil. Primordialmente, é uma plataforma de troca de mensagens instantâneas e ligações, o app engloba muitas outras funções, tem um papel de rede social local também (traz recurso parecido com o "Moments" do Instagram), e também funciona para criar um ambiente de trabalho, como é visto no Slack. Ele foi criado em 2011 pela Tencent, gigante chinesa da tecnologia que, entre outras coisas, é dona da Riot Games, a empresa de "League of Legends".
Com o WeChat, os chineses podem:
- substituir o "RG chinês"
- chamar táxis
- pedir entrega de comida
- fazer compras online
- agendar horários em salões de beleza
- procurar namorado (a)
- divorciar-se
- encontrar emprego
- agendar exames médicos
- enviar cartões postais físicos
- monitorar entregas dos correios
- pagar contas de água e luz
- fazer transferências monetárias
- agendar pedidos de vistos
- checar dados da carteira de motorista
- reservar mesa de restaurante
- fazer check in em hotéis
- mandar roupas para a lavanderia
Vai xingar muito no Weibo
O Weibo é uma mistura de Facebook e Twitter. Há uma timeline, é possível escrever pequenas postagens, seguir outras pessoas, compartilhar fotos e, claro, entrar em discussões intermináveis. A gigante Alibaba é uma das donas da plataforma criada em 2009 pela Sina.
Promoção é no Alibaba
Se os ocidentais, especialmente os norte-americanos, buscam produtos na Amazon, os chineses garimpam no Alibaba. Apesar de ser mais conhecida pelo comércio eletrônico, a empresa fundada em 1999 por Jack Ma - facilmente comparável a Jeff Bezos - atua em diversos segmentos, incluindo serviços de armazenamento na nuvem. Voltando ao comércio, o Alibaba também possui outros sites do tipo, como o Tmall.com (algo próximo do que seriam sites de varejistas) e o TaoBao, que atua como o Mercado Livre ou o eBay.
Peça um Didi Chuxing
Que Uber que nada: na China, quem quer uma alternativa aos táxis chama um Didi Chuxing. A empresa, inclusive, travou uma disputa com o Uber e chegou ao ponto de comprar o braço chinês da empresa norte-americana, engolindo completamente a concorrência. A Didi Chuxing conta com apoio financeiro de diversas companhias gigantes, como a japonesa Softbank e a Apple, que investiu US$ 1 bilhão na empresa em 2016. A sua fundação, inclusive, é curiosa: ela é resultado da união entre a Tencent e a Alibaba, que eram rivais neste ramo de transporte e acabaram abandonando suas empresas antigas para se unirem e criarem a Didi Chuxing.
Assista vídeos no YouKu
Se, fora da China, o YouTube é quem manda quando o assunto é plataforma de vídeos, no país asiático esse posto é do YouKu, empresa do grupo Alibaba (sempre eles). A diferença principal é que há muito pouco conteúdo de usuários na plataforma - parte da razão para isso provém da interferência do governo chinês. Por conta disso, ele acabou se tornando um serviço de vídeos sob demanda parecido com o iQiyi.
Crush é no Tantan
Encontrar sua cara-metade em apps de paquera é algo cada vez mais comum. E a China não fica de fora. Esqueça Tinder: há quatro anos, os chineses paqueram virtualmente pelo Tantan. De acordo com a empresa, o app possui 60 milhões de usuários validados, sendo que seis milhões de pessoas usam o aplicativo por dia.
Outra curiosidade: o aplicativo se gaba de ter mais homens que mulheres, o que o difere de outros concorrentes. A razão por isso é que, na China, as campanhas de marketing para serviços do tipo tendem a ser direcionadas às mulheres.
Solta o som no QQ Music ou no KuGou
Há mais de um serviço de streaming de músicas na China, mas os mais proeminentes são o QQ Music e o KuGou. Eles lembram serviços como Spotify e Pandora e têm algo em comum: ambas são empresas controladas pela gigante Tencent. Ela, aliás, detém outros serviços do tipo e é responsável por 70% do mercado de streaming de música da China.
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