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Esqueceu de se preocupar com segurança digital? O exército dos EUA também

Departamento de Defesa dos EUA tardou a levar cibersegurança a sério - Getty Images/iStockphoto
Departamento de Defesa dos EUA tardou a levar cibersegurança a sério Imagem: Getty Images/iStockphoto

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

03/11/2018 15h55

A maior potência militar do mundo tem um arsenal vulnerável a ciberataques. O GAO (Government Accountability Office), órgão governamental responsável por fazer a auditorias diversas nos Estados Unidos, divulgou no início de outubro um relatório que revelou uma abordagem insegura do Departamento de Defesa do país quanto aos sistemas militares, dentre eles os de armamentos.

Hackers receberam do GAO a missão de tentar explorar os sistemas do exército americano, para testar se estes eram devidamente protegidos. Segundo o relatório, os hackers conseguiram tomar o controle de sistemas de armas e operá-los sem ser detectados, tudo graças a “má administração de senhas” e “comunicação não criptografada”.

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As equipes de hackers obtiveram resultados em questão de horas, expondo a fragilidade da infraestrutura digital do Departamento de Defesa americano. Detalhes dessas falhas foram obviamente acobertados pelo GAO, que não ia divulgar publicamente informações confidenciais e críticas à segurança dos Estados Unidos.

O GAO apontou que o Departamento de Defesa sabia de vulnerabilidades críticas de seus sistemas, mas autoridades acreditavam que eles eram seguros e descontavam os resultados de testes feitos durante o desenvolvimento das ferramentas cibernéticas.

“Automação e conectividade são ferramentas fundamentais das capacidades militares modernas do Departamento de Defesa. No entanto, elas tornam sistemas de armas mais vulneráveis a ciberataques. Embora o GAO e outros tenham alertado aos riscos de ciberataques por décadas, o Departamento de Defesa não priorizou a cibersegurança dos sistemas de armas até recentemente”, criticou o GAO, que mantém o status da cibersegurança como de "alto risco" desde 1997.

GAO aponta sistemas militares vulneráveis a ciberataques - GAO/Divulgação - GAO/Divulgação
GAO aponta sistemas militares vulneráveis a ciberataques
Imagem: GAO/Divulgação

A entidade reconhece que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem se movimentado para melhorar a segurança, mas não considera que este será um caminho fácil. Isso porque o órgão responsável pelo exército não pode simplesmente compartilhar informações e aprendizados dos buracos que o sistema pode ter.

“O Departamento de Defesa encontra desafios crescentes para proteger seus sistemas de armas de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas”

O órgão de auditoria justificou a investigação pelo fato de os Estados Unidos planejarem um investimento de US$ 1,66 trilhão no desenvolvimento de sistemas de armas, enquanto potenciais adversários como China e Rússia desenvolveram ferramentas poderosas de ciberataques e de espionagem virtual.

Mas não pense que é só o exército dos EUA que deve se proteger de ciberataques. Você também está vulnerável a esse tipo de comportamento e pode se defender seguindo cinco passos.

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