Brasileiros foram afetados por mais de 4,8 milhões de notícias falsas
Mais de 4,8 milhões de notícias falsas circularam entre julho e setembro deste ano no Brasil e, desse total, os assuntos ligados a política foram os principais alvos (46,3%). Temas de saúde e mensagens que prometiam dinheiro fácil foram outras das estratégias mais usadas para enganar os brasileiros.
Os dados são do Relatório de Segurança Digital no Brasil do dfndr_lap, laboratório de cibersegurança da PSafe, especializada em soluções sobre o tema.
O levantamento levou em consideração detecções de links maliciosos enviados para smartphones (com o sistema operacional Android) de mais de 21 milhões de usuários que usam soluções de segurança desenvolvidas pelo laboratório. A tecnologia consegue diferenciar se a informação contida na mensagem envolve um golpe ou notícia falsa, explica a empresa.
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De acordo com o estudo, mais de 2,2 milhões de notícias falsas envolvendo a política foram detectadas. Os dados indicam ainda que o WhatsApp foi o principal meio usado para a desinformação, seguido de navegadores na internet e do Facebook.
Uma outra pesquisa feita pela empresa entrevistou mais de 35 mil brasileiros e observou que 85% dos participantes receberam correntes pelo WhatsApp ou Facebook Messenger. Desse total, 64,6% foram impactadas por informações falsas nessas mesmas correntes.
Links maliciosos
O levantamento da Psafe também mostra que no mesmo período 43,8 milhões de crimes cibernéticos foram detectados.
Apesar de ter tido uma redução em comparação com o trimestre anterior -- quando 63,8 milhões de ameaças foram detectadas--, a situação ainda é preocupante.
Dentro desse grande volume de ameaças, a empresa identificou que:
- 38,2% foram phishing via app de mensagens, como o WhatsApp. É um golpe bem comum e por vezes se esconde atrás de promoções falsas, vagas de trabalho ou ofertas de coisas gratuitas. O phishing envolve programas criados para enganar e induzir o usuário a fornecer dados pessoais, como senhas, email. Ou ainda convencê-los a instalar aplicativos maliciosos que podem conter vírus.
- 29,5% foram publicidade suspeita. São perfis, páginas, sites ou notificações que aparecem para o usuário e o induz a instalar um programa malicioso em seu dispositivo.
- 11% foram notícias falsas.
Links maliciosos por gênero
O Relatório de Segurança Digital também destacou os tipos de links maliciosos que mais afetam homens e mulheres.
Notícias falsas (84,8%) e tentativas de golpes com perfis falsos (82,9%) chegam mais aos homens.
Já links maliciosos mais genéricos com assuntos variados (34,3%) e envolvendo serviços falsos (32,6%) costumam ser mais recebidos mais por mulheres.
No balanço geral, os homens acabaram recebendo mais links maliciosos do que as mulheres.
Como identificar fake news e se proteger de golpes:
Algumas estratégias podem ser usadas para evitar o problema. A primeira dica é não compartilhar nada do que você recebe de imediato.
Por mais verdadeiro que pareça a informação, evite compartilhar sem antes refletir sobre os itens abaixo.
- Leia a notícia toda
- Desconfie de coisas chamativas, "notícias emocionais" que causem sentimentos fortes como repulsa, raiva, surpresa, alegria.
- Desconfie de URL. Alguns boatos tentam "copiar" os endereços de sites de notícias que existem de verdade para parecerem verdadeiros. Na dúvida, não clique.
- Desconfie de erros de português.
- Desconfie de fotos e vídeos. Hoje em dia é muito fácil editar uma foto e manipular um vídeo. Vários programas gratuitos já fazem isso. Por isso, pesquise as informações do texto/vídeo em algum buscador de internet. Pode ajudar.
- Questione quem encaminhou a mensagem.
- Busque outras reportagens que falem sobre a informação que você recebeu. Quando um assunto tem grande repercussão, ele aparece em publicações de vários veículos na imprensa.
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