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Ataques na Coreia do Sul derrubam sistemas de bancos e emissoras de TV

20/03/2013 11h52

Autoridades sul-coreanas investigam um ataque de hackers que derrubou os servidores de três emissoras de TV e dois grandes bancos nesta quarta-feira (20). O Exército elevou seu nível de alerta devido a preocupações de envolvimento norte-coreano.

Servidores das redes de televisão YTN, MBC e KBS foram afetados, assim como os banco Shinhan e NongHyupo , informaram a polícia e autoridades do governo. Pelo menos alguns dos computadores afetados pelos ataques tiveram arquivos deletados, de acordo com as autoridades.

"Enviamos equipes para todos os locais afetados. Estamos agora avaliando a situação. O incidente é muito grande e vai levar alguns dias para recolhermos provas", disse um policial.

Os bancos já restauraram suas operações, mas as emissoras de TV não têm previsão de quando serão capazes de recuperar seus sistemas. Alguns funcionários das emissoras não conseguiam nem mesmo ligar seus computadores. As transmissões não foram afetadas.

Exército da Coreia do Sul disse que não foi afetado pelo ataque, mas elevou seu estado de alerta como resposta. Nenhuma das refinarias de petróleo do país, centrais elétricas, portos ou aeroportos foram afetados.

Origem
Autoridades da polícia e do governo não quiseram especular a ação está ligada à Coreia do Norte, que ameaçou atacar Coreia do Sul e Estados Unidos depois de ter sido atingida com sanções da ONU por fazer testes nucleares de fevereiro.

A polícia diminuiu as expectativas de uma resposta rápida sobre uma eventual responsabilidade do Norte, que tem escolas de hackers da mesma forma que a aliada Chin. Um oficial disse que vai demorar mais do que o tempo normal de uma investigação de assassinato para se atribuir a responsabilidade.

A Coreia do Norte já realizou ataques cibernéticos contra jornais conservadores, bancos e instituições governamentais da Coreia do Sul.

Na semana passada, a Coreia do Norte reclamou de que seus próprios sites haviam sido hackeados, culpando os Estados Unidos por realizarem ataques cibernéticos destinados a "sabotar" o país.