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Apple opta por lucro em vez de fatia de mercado com novo iPhone

11/09/2013 09h18

(Reuters) - O preço mais elevado do que o esperado do novo iPhone mais barato da Apple apresentado na terça-feira aliviou preocupações sobre as margens de lucro da empresa, mas despertou preocupações de que companhia não está sendo agressiva o suficiente para lutar contra o Android, do Google.

As ações da Apple caíam cerca de 3 por cento, a 480,50 dólares, antes do mercado abrir nesta quarta-feira, um dia depois da companhia ter revelado o modelo 5S, o iPhone topo de linha equipado com um scanner de impressões digitais, bem como o 5C, mais barato e destinado a mercados emergentes.

"... Nossa preocupação é que a incapacidade/relutância da Apple em lançar uma oferta de baixo custo para os mercados emergentes quase garante que a empresa vai continuar perdendo participação de mercado em smartphones até que escolha abordar segmentos mais baixos", disseram os analistas da Sanford C. Bernstein, em relatório.

Ainda assim, o Bernstein manteve sua classificação de "outperform" (desempenho acima do mercado) para as ações da Apple, dizendo que espera que os novos iPhones tenham pouco impacto sobre as margens da empresa.

O analista Stuart Jeffrey, da Nomura Equity Research, elevou seu preço-alvo para as ações da Apple de 420 para 480 dólares e afirmou que a empresa pode ter assegurado margens estáveis para os próximos trimestres com o 5C a 99 dólares com contrato com operadora, e 549 dólares sem contrato.

Porém, isso não foi o suficiente para o BofA Merrill Lynch e Credit Suisse. Ambos rebaixaram as ações da Apple para "neutro", ante recomendação anterior de "compra" e "outperform".

"Em vez de oferecer preços atraentes para os consumidores, movendo o iPhone 5C para um segmento novo e de preços crescentes, a Apple manteve uma estratégia de preços premium, direcionando o alvo para smartphones entre 400 e 800 dólares", afirmou o analista do Credit Suisse Kulbinder Garcha em relatório.

"Esse segmento não tem previsão de um crescimento significativo a longo prazo. Esta decisão, na margem, é boa para a rentabilidade, mas não para o crescimento."