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Zuckerberg, do Facebook, diz que espionagem dos EUA feriu confiança de usuários

Mark Zuckerberg, diretor-executivo do Facebook, apresenta o feed de notícias na sede da empresa - Robert Galbraith/Reuters
Mark Zuckerberg, diretor-executivo do Facebook, apresenta o feed de notícias na sede da empresa Imagem: Robert Galbraith/Reuters

Alina Selyukh e Rachelle Younglai

Em Washington

18/09/2013 20h38

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quarta-feira que as revelações sobre a espionagem do governo dos Estados Unidos prejudicaram a confiança de usuários nas empresas de Internet e que saber mais sobre esses programas de vigilância ajudaria a aliviar algumas das preocupações da opinião pública.

Em uma rara aparição em Washington em um evento organizado pela revista Atlantic, o bilionário de mídia social de 29 anos pediu ao governo federal que conte mais para o público em geral sobre os pedidos de dados que faz às empresas de Internet.

"O que eu posso dizer a partir dos dados que eu vejo no Facebook é que quanto mais transparente e comunicador o governo puder ser sobre como solicita dados para nós, melhor todos vão se sentir sobre isso", disse ele.

"Com a leitura na imprensa, você não consegue ter noção se o número de pedidos que o governo faz está mais perto de mil ou mais perto de 100 milhões ... Acho que quanto mais transparência o governo tiver, melhor o pessoal vai se sentir."

Zuckerberg também expressou preocupações de que as reclamações sobre os vastos programas secretos de espionagem administrados pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e a resposta dos EUA poderiam alienar outros países e prejudicar a inovação global.

"A resposta às questões da NSA que tem surgido é um grande negócio para a Internet como uma plataforma global. E algumas das declarações do governo eu acho que têm sido profundamente inúteis", disse ele.

No início deste ano, o Facebook afirmou que cerca de 1,1 bilhão de pessoas ao redor do mundo usam seu site por mês.