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Weibo corta tamanho de IPO em meio à venda generalizada de ações de tecnologia

17/04/2014 10h58

17 Abr (Reuters) - O chinês Weibo, empresa de serviços de mensagens semelhante ao Twitter, levantou 286 milhões de dólares em sua oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, cifra menor que a esperada, após cortar o tamanho da oferta em meio à venda generalizada de ações de tecnologia e preocupações sobre a desaceleração no crescimento de usuários.

A oferta foi feita antes do aguardado IPO do gigante de e-commerce chinês Alibaba Group Holding, que detém participação no Weibo.

O Alibaba deve levantar 15 bilhões de dólares este ano no que pode ser o maior IPO de uma empresa de Internet desde a listagem do Facebook em 2012.

O Weibo, controlado pela empresa Sina Corp, vendeu 16,8 milhões de American Depositary Shares (ADSs) por 17 dólares cada, informou a empresa nesta quinta-feira.

Pelo preço da oferta, o Weibo foi avaliado em 3,46 bilhões de dólares.

As ações da companhia devem começar a ser negociadas na Nasdaq nesta quinta-feira sob o símbolo "WB".

A empresa, cujo nome significa " microblog" em chinês, havia planejado anteriormente vender 20 milhões de ADSs entre 17 a 19 dólares cada.

A empresa precificou as ações na extremidade inferior da faixa indicativa devido à recente turbulência do mercado de ações, especialmente em ações de tecnologia, afirmou à Reuters um banqueiro que trabalhou no IPO.

O Weibo também vendeu intencionalmente menos ações do que o inicialmente planejado para menor diluição. "Queríamos um negócio que funcionasse a partir de uma perspectiva de mercado", disse o banqueiro, que não quis ser identificado porque não estava autorizado a falar com a mídia.

O Weibo possuía 143,8 milhões de usuários ativos mensais em março. O faturamento da empresa quase triplicou para 188,3 milhões de dólares em 2013, enquanto o prejuízo líquido diminuiu para 38,1 milhões de dólares, ante 102,5 milhões de dólares.

O Goldman Sachs (Asia) LLC e o Credit Suisse foram os coordenadores líderes da oferta.

(Por Aman Shah e Arnab Sen em Bangalore)