Telefônica oferece R$ 20 bilhões pela operadora GVT
A espanhola Telefônica ofereceu R$ 20,1 bilhões pela GVT, unidade brasileira da francesa Vivendi, em uma estratégia para fortalecer sua liderança no mercado de telecomunicações móveis no país. A proposta expira em 3 de setembro.
A medida vem após Vincent Bollore, presidente do conselho de administração e maior acionista da Vivendi, dizer no fim de junho que gostaria de manter seu último ativo restante de telecomunicações, apesar de a organização se reposicionar como uma empresa de mídia.
Em comunicado, a companhia francesa disse que nenhuma de suas unidades está à venda, mas que vai considerar a oferta da Telefônica na próxima reunião de seu conselho.
A Telefônica Brasil disse que a oferta consiste em R$ 11,96 bilhões em pagamento em dinheiro mais novas ações de emissão da companhia, representando 12% da Telefônica Brasil após a possível aquisição da GVT. Em um esforço para cortar o custo do acordo, a Telefônica ofereceu à Vivendi a chance de adquirir 8,3% de participação na Telecom Italia.
"Isso coloca um ponto de interrogação sobre a porcentagem da participação da Telefônica na Telecom Italia", disse um operador de Milão. Outro membro de uma corretora disse que Telefônica estaria definitivamente reconsiderando seus investimentos na Telecom Italia.
Com a notícia da oferta, as ações da Telecom Italia chegaram a ter a negociação suspensa depois de caírem 4,97% nesta terça-feira. Por volta de 7h40 no horário de Brasília, as ações tinham queda de 5,43%.
Mercado
O Brasil, onde a Telefônica controla a maior operadora de telefonia móvel, a Vivo, é um mercado crucial para a gigante das telecomunicações espanhola, uma vez que representa seu segundo maior gerador de caixa e tem potencial de crescimento diferente de mercados saturados como os de Alemanha e Reino Unido.
A compra da GVT ajudaria a espanhola a se fortalecer no mercado de telefonia fixa e internet banda larga, mercado em que ocupa a terceira posição no Brasil, com fatia de 18,4%. A GVT é líder no Brasil em internet de alta velocidade e televisão conectada. A Telefônica cobiça o ativo há tempos, tendo perdido uma guerra de ofertas inicial para comprar a GVT para a Vivendi em 2009.
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