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Venda de tablets no Brasil deve cair em 2015 após decepcionar em 2014, diz IDC

23/03/2015 14h37

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A venda de computadores tablet no Brasil deve cair 2 por cento este ano, para cerca de 9,3 milhões de unidades, depois de um 2014 com resultado abaixo do esperado para o segmento, afirmou a consultoria especializada IDC Brasil, nesta segunda-feira.

"A nossa projeção está mais conservadora por conta das incertezas que rondam os projetos de educação que serão implementados pelo governo federal, da volatilidade do dólar e pela própria conjuntura econômica", disse o analista da IDC Brasil Pedro Hagge.

Em 2014, as vendas de tablets no brasil subiram 13 por cento, para cerca de 9,5 milhões de unidades, mas o resultado ficou abaixo do esperado pela IDC, que estimava vendas de pelo menos 10 milhões de unidades no ano passado.

"O tablet já não é mais uma novidade e há uma 'canibalização' do mercado, principalmente pelos lançamentos de phablets (celulares inteligentes com telas maiores). Isso, aliado à má experiência de uso de aparelhos de baixa qualidade, impactou o desempenho", disse Hagge. Ele também destacou que a Copa do Mundo, as eleições e a alta do dólar no fim do ano tiveram impacto nas vendas de tablets no país.

Do total de tablets vendidos em 2014, 96 por cento das vendas foram para o consumidor final, 4 por cento para o mercado corporativo e 0,3 por cento (31 mil unidades) correspondeu a notebooks com telas destacáveis, informou a IDC Brasil

Em 2014, a faixa de preço que mais se destacou foi a de tablets de até 500 reais, com cerca de 85 por cento dos aparelhos comercializados. Aparelhos que custavam entre 500 e 1 mil reais representaram 10 por cento, e os acima de 1 mil reais, apenas 5 por cento do volume total de vendas.

Entre outubro e dezembro do ano passado, foram comercializados cerca de 3 milhões de tablets no país. Na comparação com o mesmo período de 2013, não houve crescimento, porém, considerando o desempenho do terceiro trimestre de 2014, o mercado teve alta de 30 por cento.

 

(Por Luciana Bruno)