Topo

Alibaba busca estimular marcas locais para coibir pirataria na China

Funcionários jogam tênis de mesa dentro do escritório sede da Alibaba Technology Co. Ltda., nos arredores de Hangzhou, província de Zhejiang, na China - Steven Shi/Reuters
Funcionários jogam tênis de mesa dentro do escritório sede da Alibaba Technology Co. Ltda., nos arredores de Hangzhou, província de Zhejiang, na China Imagem: Steven Shi/Reuters

John Ruwitch

Em Putian (China)

25/05/2015 08h06

Criticada e até mesmo processada pela marca de luxo Gucci e outras por facilitar o comércio de bens falsificados, a gigante do comércio eletrônico Alibaba tem conduzido silenciosamente um programa para limitar produtos piratas na fonte.

Na cidade litorânea de Putian, na província de Fujian, o Alibaba está trabalhando com 17 fabricantes de sapatos para cultivar marcas locais online, revitalizar a indústria e oferecer a possíveis falsificadores uma fonte alternativa.

Críticos dizem que o programa está mal orientado e o Alibaba deveria, em vez disso, focar em limitar de suas plataformas online amplas listagens de produtos falsificados.

Mas o plano "Made in China" responde ao que defensores dizem ser uma das razões pelas quais tem havido apenas progresso limitado na batalha contra bens falsificados na China: a falta de alternativas atraentes para os que fabricam e comercializam bens que infringem direitos de propriedade.

"Você pode reprimir para sempre e nunca ver o fim disso", disse Song Zonghu, que já vendeu tênis falsos e agora dirige a Shuangwei Sporting Goods, uma das empresas que integra o programa do Alibaba. "Criar novas oportunidades enquanto se coíbe a prática é o caminho a seguir. Todo mundo tem que se alimentar."

Ni Liang, diretor sênior de segurança na Internet do Alibaba, disse que o plano é uma importante iniciativa contra falsificações neste ano. O grupo pretende expandi-lo para eletrônicos domésticos, brinquedos, bolsas e outros segmentos, esperando que, ao construir marcas locais, pequenos produtores se distanciarão das cópias e servirão um setor legítimo.