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10/01/2007 - 14h00

Cartões de memória ampliam recursos de palmtops; veja teste

Fernanda Ângelo

Para o UOL Tecnologia
Alguns anos atrás os computadores de mão ficavam limitados a agendas sofisticadas de telefones e compromissos. Depois ganharam capacidade de conexão à Internet sem fio e de comunicação com outros dispositivos via Bluetooth, além da troca de informações pelas tradicionais portas infravermelhas.

Mas apesar dos avanços, funcionalidades multimídia —como de tocador de MP3 ou de vídeo digital— ainda eram pouco exploradas por conta, especialmente, da falta de espaço para armazenamento dessas mídias.

Foi quando, para fazer frente também aos hoje populares MP3 players, fabricantes como PalmOne, HP e Dell decidiram lançar modelos de handhelds com leitores para cartões de memória. Assim esses portáteis passaram a contar com capacidades de armazenamento tão grandes quanto o tamanho do cartão utilizado.

O UOL Tecnologia testou três modelos de computadores de mão cujas memórias podem ser expandidas pelo uso de um cartão de memória, normalmente a até 2 GB.

Multimídia e proteção digital
O iPAQ hx2790, da HP, leva vantagem em alguns quesitos. Ele é turbinado com um processador Intel XScale de 624 MHz. A memória do equipamento é de 256 MB —mas não é flash—, expansíveis por meio de cartões de memória SD, SDIO, MMC ou CompactFlash. E o melhor de tudo: no comando do dispositivo está o Windows Mobile 5. Programas como versões portáteis do Word, Excel, Internet Explorer, Power Point e Outlook fazem parte do pacote.

Além disso, hx2790 oferece suporte às tecnologias de conectividade Bluetooth e Wi-Fi. Para completar, ele possui um leitor de impressão digital que promete ajudar a garantir a segurança dos dados ali armazenados.

Um berço para sincronização acompanha o handheld da HP. Muito podem questionar as reais vantagens de utilizar essa base. No entanto, elas existem de fato. Além de facilitar a visualização das informações, já que mantém o computador de mão na posição vertical, o suporte evita que você conquiste arranhões no aparelho —quando ele não possui a base, como é o caso dos modelos da Palm, o portátil precisa ficar deitado sobre a mesa, sujeito a riscos de todas as espécies.

Considerando a quantidade de recursos embutidos, as medidas de 12 cm x 8 cm x 1,6 cm (altura x largura x espessura), quase idênticas ao do Palm TX, acabam parecendo menores. O iPAQ pesa 165 gramas e também é o mais caro entre os três aparelhos avaliados: tem preço sugerido de R$ 1.750 (veja detalhes do dispositivo em www.hp.com.br).

Todos os modelos testados possuem entrada para cartões de memória padrão SD, SDIO e MMC —o hx2790 também suporta o padrão Compact Flash de cartões de memória. Com isso, o espaço para o armazenamento de dados quem dita é mesmo o bolso do usuário: quanto maior a capacidade, mais caro é o acessório.

Maior tela
Dono da maior tela (de 480 x 320 pixels), o Palm TX reúne conectividade sem fio, ferramentas de produtividade e multimídia para todo tipo de usuário —ele reúne Wi-Fi, para conexão à internet, e Bluetooth, para comunicação sem fio com outros dispositivos dotados da mesma tecnologia, como impressoras, telefones celulares e máquinas fotográficas, entre outros.

No Palm TX, a carcaça prateada comum à linha Tungsten deu lugar a um chassi azul marinho. A Palm tentou inovar quando lançou, cerca de três anos atrás, o Zire 72 em azul royal. A iniciativa fracassou porque a tinta emborrachada utilizada para colorir o equipamento descascava logo nos primeiros meses de uso. Com a série de reclamações, a Palm relançou o Zire 72 na mesma cor prateada dos modelos da família Tungsten.

O TX roda processador Bulverde de 312 MHz, da Intel, e possui 128 MB de memória flash (entenda as vantagens da memória flash em um computador de mão). Desses, 100 MB podem ser utilizados pelo usuário —28 MB são reservados para o sistema do equipamento. As medidas do TX são de 12 cm de altura por 8 cm de largura por 1,5 cm de espessura, em aproximadamente 150 gramas.

No que diz respeito a software, o Palm TX é comandado pelo sistema operacional Palm OS versão 5.4 e traz o Documents To Go 7, para abrir e editar arquivos compatíveis com o Microsoft Office, e o VersaMail 3.1, para a gestão de até oito contas de e-mail.

O aparelho tem preço sugerido de R$ 1.199 para o mercado brasileiro (veja mais em www.palm.com/br).

Embora rode o mesmo sistema operacional do TX e também conte com o Documents To Go 7, o Tungsten E2 é uma boa pedida para o usuário que não faz questão de navegar pela Internet sem fio por meio do computador de mão. É que o modelo vem equipado com Bluetooth, mas não possui conectividade Wi-Fi. Mesmo assim, reúne capacidades de entretenimento e ferramentas de trabalho simultaneamente.

Multimídia
Prateado, o E2 possui tela de 320 x 320 polegadas e modestos 32 MB de memória flash —e não mais RAM, como de seu antecessor, o Tungsten E. Mas isso não chega a ser problema, já que ele conta com o slot para cartão de memória, pelo qual o usuário pode tranqüilamente expandir a sua capacidade de armazenamento a mais de 1 GB. No caso do Tungsten E2, como ele roda um processador de 200 MHz, colocar diversos aplicativos para rodar de uma só vez pode não ser uma boa idéia. Nesse caso, 1 GB de memória é mais do que suficiente para armazenar além dos guardados na memória interna do handheld.

Com medidas de 11,5 cm x 8 cm x 1,3 cm (altura x largura x espessura), o Tungsten E2 pesa 130 gramas e custa R$ 899, com cartão de memória de 512 MB incluído (em www.submarino.com.br).

Tanto o Tungsten E2 quanto o TX trazem a tecnologia de reconhecimento de escrita da Palm e podem ser facilmente sincronizados com o computador de mesa ou notebook. Basta conectar o cabo e pressionar o botão de HotSync. O usuário pode sincronizar os dados e agenda de compromissos com seu Outlook ou, se preferir, pelo programa Palm desktop, que acompanha os equipamentos.

Para quem pretende utilizar o handheld para ouvir música ou assistir a filmes, basta ligar o fone de ouvido. Especialmente no caso do Tungsten E2, que possui menos memória disponível, é aconselhável o uso do cartão de memória (SD, SDIO ou MMC).

Ambos os modelos da Palm trazem uma capa protetora de couro. Ela protege apenas a tela e os botões dianteiros do handheld, mas é suficiente para que costuma carrega o portátil a tira-colo.

A PalmOne continua pecando no que diz respeito à bateria de seus equipamentos. Elas não podem ser substituídas pelo próprio usuário, como é o caso do modelo da HP. Além disso, nem que queira, o consumidor não pode levar consigo uma bateria reserva, para o caso de uma viagem longa, por exemplo. O fabricante também peca feio ao trocar o tipo de conector a cada nova versão de seus equipamentos. Isso significa que o usuário que quiser fazer um upgrade terá de descartar os acessórios do aparelho antigo, já que serão incompatíveis com o novo modelo.

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