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23/02/2007 - 12h46

Tecnologia DLP projeta imagens por microespelhos; entenda

Por Marcelo Ayres

UOL Tecnologia
Além dos projetores, a tecnologia DLP (Digital Light Processing) equipa também modelos de TV. O padrão se tornou mais comum com a chegada ao mercado de aparelhos de televisão de grandes medidas, feitos com telas de Plasma, LCD (Liquid Cristal Display) e LCoS (Liquid Cristal on Silicon), que, além do DLP, permitiram às TVs ficarem mais finas que os modelos de tubo de rádios catódicos (CRT).

Se você pesquisar preços, perceberá que as TVs de projeção DLP são mais baratas que as de plasma e LCD. Por outro lado, elas atingem somente 1280 x 720 pixels de resolução, enquanto algumas imagens de alta definição necessitam de 1920 x 1080 pixels. Mesmo assim, a qualidade do DLP é muito superior a dos aparelhos de CRT, presentes na maioria das residências.

Jogo de espelhos
O coração da tecnologia do DLP é o DMD (Digital Micromirror Device). Ele tem o formato de um processador de CPU de um computador e contém até 2 milhões de microespelhos —cada um corresponde a 1 pixel de uma imagem completa. Os microespelhos são feitos de alumínio, medem 16 microns quadrados e pesam somente alguns milionésimos de grama.

Cada espelho fica preso a um sistema de hastes que permite que eles girem para duas posições: ligado ou desligado. Além disso, eles também conseguem se inclinar entre -12 e +12 graus. Além dos espelhos, o DMD é composto por um chip de memória CMOS, que comanda a rotação dos espelhos, um dissipador de calor e uma janela protegida por um tipo de vidro, que deixa a luz passar e protege os espelhos da poeira.

Um DMD suporta a resolução de 1280 x 720 pixels e, conforme a cor que precisa ser reproduzida, os espelhos deixam passar ou bloqueiam a intensidade de luz. Para o branco, por exemplo, todos os espelhos ficam abertos; para o preto, fechados.

Formação das imagens
Antes de os espelhos se colocarem nas posições ligado ou desligado, o DMD executa em milésimos de segundos algumas operações. Decodifica o sinal que chega e converte-o de entrelaçado para progressivo. Na seqüência, ajusta a imagem para o tamanho da tela e faz os acertos de brilho, nitidez e cor necessários para a exibição. Por último, converte as informações de cor para o formato RGB.

Quando os espelhos ficam na posição ligado, refletem a luz por lentes de projeção para a tela. Por meio da variação de tempo de abertura e fechamento dos espelhos pelas lentes de projeção, o DMD consegue criar até 1024 tons de cinza.

O DLP utiliza uma roda de cores para adicionar cor às imagens. Ela é composta por três dispositivos transparentes: um na cor vermelha, outro na azul e um na verde (formato RGB). A luz que passa por cada um dos segmentos fica na cor de seu filtro.

O processador do DMD sincroniza a rotação da roda de cores com o movimento dos micro espelhos, que, juntos, conseguem criar 256 tons de cada cor primária. Cada pixel de luz na tela em algum momento e a qualquer instante poderá ser de uma das cores.

A tecnologia DLP baseia-se no funcionamento do olho humano para fazer a mistura dos pixels e formar as cores. Para criar o amarelo, por exemplo, o DMD irá refletir somente a luz do vermelho e do verde da roda de cores, dispensando o azul. Com este sistema é possível criar até 16 milhões de cores.

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