À medida que equipamentos e o próprio acesso Wi-Fi à Internet ganham popularidade, surgem também dúvidas entre os interessados em montar sua rede sem fio. Há uma série de detalhes que devem ser levados em conta, mas ter uma rede Wi-Fi em casa é bem mais simples do que se pode imaginar.

O UOL Tecnologia selecionou os principais pontos que devem ser considerados para montar uma boa rede Wi-Fi.

Ponto de acesso
Está aqui a primeira decisão a ser tomada na hora de montar a sua rede Wi-Fi. O ponto de acesso (também conhecido como Access Point ou "hotspot") é o equipamento que vai ligado ao modem que recebe o sinal de acesso ADSL à Internet. Também há modelos específicos de roteadores para redes Wi-Fi, que substituem o ponto de acesso. Seja um ou outro, o fato é que é este equipamento que distribui o sinal para que todos os computadores e dispositivos configurados na rede consigam também se conectar à Internet.

Entre os principais fabricantes estão 3Com, Linksys e D-Link, com roteadores a preços entre R$ 200 e R$ 600, em média. Os valores desses dispositivos variam conforme as suas características técnicas, como quantidade de portas, velocidade e alcance, entre outras.

Se a idéia é que mais de um usuário se conecte à mesma rede Wi-Fi, é fundamental que você considere o número de portas do roteador. Quanto mais, melhor -significa que mais computadores poderão usufruir a mesma conexão. Outra característica importante é o alcance do roteador. A maioria dos produtos atualmente disponíveis para o mercado doméstico oferece entre 50 e 100 metros. Exatamente por isso, é interessante colocar o equipamento em um local central da residência. Também vale deixá-lo a uma altura de cerca de 1,5 a 2 metros do chão.

Como paredes e vidros funcionam como obstáculos para os sinais emitidos pelo roteador, vale avaliar a possibilidade de instalar uma antena repetidora de sinais -ela é indicada para quem mora em sobrados, por exemplo. A antena mantém a qualidade do sinal pelos diferentes cômodos da casa.

Instalar o ponto de acesso é tarefa simples e leva pouco tempo (veja o passo-a-passo para ter um ponto de acesso em funcionamento).

Compatibilidade
A questão da compatibilidade deve ser especialmente considerada por usuários de computadores rodando os sistemas operacionais Mac OS ou Linux. A atenção deve ser dada na hora de contratar o provedor de acesso à Internet e no momento de escolher o roteador, já que estes sistemas demandam configurações específicas.

Segurança
Quando você instala uma rede Wi-Fi, você está abrindo uma porta de seu computador para o vizinho ou qualquer outro usuário de computador com capacidades Wi-Fi perto de seu apartamento ou casa, portanto é preciso ficar atento para não ter a sua banda de Internet "roubada" ou "emprestada".

O problema aqui não é somente o fato de o transeunte ou o vizinho utilizar a sua rede sem pagar nada. A questão é que, quando ele faz isso, você terá a velocidade de conexão prejudicada. Além disso, se ele estiver mal-intencionado -e detiver conhecimentos técnicos-, pode também interceptar dados pessoais e confidenciais do dono da rede.

Para evitar esses problemas, é preciso configurar senhas de acesso à rede -também convém alterá-las de tempos em tempos. Esse processo é simples e, normalmente, acompanha o manual do roteador. O fabricante fornece um endereço IP, um código de usuário e uma senha, que devem ser digitados em um site também indicado por ele. A partir desses dados, o usuário terá acesso ao painel de controle do roteador, onde ele deverá selecionar o sistema de criptografia desejado (64 bits, 128 bits ou 256 bits nos sistemas WEP, WPA ou WPA2). Vale destacar que, apesar de o maior número de bits significar mais elevado nível de proteção, essa criptografia mais elaborada também implica menor velocidade de conexão. Ou seja, vale mais caprichar na senha, utilizando números, letras e outros sinais gráficos em uma criptografia de 128 bits.

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