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29/08/2007 - 07h00

Veja dicas para comprar sua câmera digital, organizar e imprimir fotos

Marcelo Ayres

Para o UOL Tecnologia
As câmeras fotográficas digitais já são parte do dia-a-dia. Não dá mais para pensar em "aproveitar" um filme de 36 poses para duas ou três viagens de família —e só conseguir ver as fotos da primeira delas meses depois. Perder fotos porque fechou os olhos, então, não faz mais parte do vocabulário digital.

São incontáveis os benefícios. Além da facilidade de uso, poder tirar centenas de fotos é maravilhoso. Outra maravilha do digital é ver na hora como a foto ficou —e se livrar das que não agradaram. Isso sem falar das fotos na Internet, que podem chegar para os amigos por e-mail ou via serviços de compartilhamento de fotos.

A origem da fotografia digital remonta à época da Guerra Fria, e seu uso comercial tem "apenas" 17 anos. As primeiras máquinas realmente produzidas para o consumidor final, com preço mais acessível, foram feitas pela Kodak em 1990. E quem marcou época foi a Mavica, da Sony, que surgiu em 1981 e, na época, custava a bagatela de US$ 12 mil (saiba como surgiram as câmeras digitais).

Atualmente, a tendência é a corrida pelos megapixels e a adição de recursos, como ajustes automáticos para luz, cor e balanço de branco, além de visores de LCD grandes. Outros recursos importantes são estabilização de imagens, para evitar fotos tremidas, e utilização de cartões de memória flash.

Megapixel é importante?
A quantidade de megapixels de uma câmera conta, mas não é o único fator para conseguir fotos de qualidade. O número de megapixels indica quantos "pontos" são capturados pelo CCD (Charged Coupled Device, item que substituiu o filme na câmera digital; saiba mais) cada vez que uma foto é tirada.

Mas voltemos aos megapixels. Eles são importantes, uma vez que definem o tamanho que sua imagem poderá ter na hora da impressão. Mesmo com toda a febre digital, as pessoas gostam de ter suas fotos em papel, pois isso dá uma sensação de longevidade, de uma memória mais duradoura, mais emotiva.

Para ter uma idéia dos tamanhos possíveis, uma resolução de 3 megapixels permite imprimir fotos com uma boa qualidade no formato de 10 x 15 cm, que é o mais comum para ampliações. A resolução de 4 megapixels já permite imprimir uma foto de 13 x 18 cm, o famoso "fotão" que as lojas de ampliação divulgam. Para funções mais profissionais, a resolução de 7 megapixels consegue fazer ampliações de 20 x 25 cm. Mas como a resolução da foto impressa também depende da capacidade de sua impressora, em muitos casos uma simples câmera de 2 megapixels já consegue resultados satisfatórios (veja tabela com a resolução mínima para imprimir fotos).

Além de ser útil para o tamanho das ampliações, quanto mais megapixels tiver sua câmera, mais detalhes você poderá ver em suas fotos —o que também ajuda na hora de ampliar parte da foto.

Lentes são fundamentais
Tão importantes quanto os megapixels, as lentes respondem diretamente pela qualidade das câmeras digitais, pois são elas que definem a quantidade e a qualidade de luz que é capturada na hora de tirar a foto.

É nesse ponto que alguns modelos de câmeras perdem em relação às câmeras convencionais de filme. Não adianta ter muitos megapixels de captura se as lentes não forem de qualidade. Neste quesito, fabricantes de filmadoras que começaram a produzir máquinas fotográficas, como a Panasonic, que utiliza lentes da Leica, e a Sony, que tem lentes da CarlZeiss, fazem a diferença.

Já as tradicionais fabricantes de fotografia, como Canon, Fujifilm e Olympus saem, de fábrica com lentes próprias, que são muito utilizadas no mundo profissional da fotografia. Assim como a Leica, que fez a história das câmeras compactas de filme, e agora já possui modelos digitais.

A distância focal é outro item muito importante para definir a qualidade das lentes. Aqui temos que fazer um paralelo com as câmeras convencionais e ver qual o equivalente neste ponto.

O padrão de distância focal das máquinas fotográficas é 35 mm, o mesmo do olho humano. Em distâncias menores, como 28 mm, temos o que se chama "Grande Angular", utilizada para ambientes fechados. Nas distâncias maiores, como 108 mm, temos a "Teleobjetiva", que é usada para fotografar paisagens ou trazer detalhes.

Outro ponto importante para as lentes é o zoom óptico, que, por meio de um jogo de lentes, consegue aproximar os detalhes sem distorcer a imagem nem prejudicar o foco.

Vale atentar para este item na hora de comprar uma câmera pois o zoom digital prejudica a qualidade da imagem —ele funciona como uma "ampliação" de uma área da foto, e não consegue trazer a resolução original. Em alguns casos, conforme a combinação de velocidade e abertura, o zoom digital também deixa a imagem tremida.

Espaço para guardar as imagens
Além de possuir memória interna, as câmeras digitais possuem entradas para cartões de memória flash. O Compact Flash foi o primeiro modelo de cartão de memória utilizado nas câmeras e é o preferido dos fotógrafos profissionais pela sua robustez.

Para diminuir o tamanho de seus equipamentos, os fabricantes estão adotando o SD (Secure Digital). Ele é bem pequeno e já consegue chegar até 8 GB de capacidade (confira os modelos de cartão de memória disponíveis no mercado).

O espaço de armazenamento é muito importante, pois ele tem relação direta com a resolução escolhida para capturar a imagem. Quanto mais resolução, maior a foto —e "menor" fica seu cartão de memória. Da mesma forma, quanto menor a resolução, mais fotos cabem nos cartões.
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