Comprar uma TV LCD é mais complicado do que uma TV tradicional: antes, os pontos que mais pesavam na decisão eram o tamanho da tela, aparência, som estéreo e um controle remoto. Nos novos aparelhos há uma série de fatores que afetam a qualidade da imagem e, consequentemente, podem frustrar o comprador.
Um dos fatores cruciais é a resolução da imagem. Outro fator importante é a taxa de contraste —calculada como a proporção entre o ponto mais claro e o mais escuro que a tela consegue exibir. Quanto maior a taxa de contraste, melhor a TV vai mostrar os detalhes em cenas escuras ou com graduação suave de cor.
As três TVs testadas pelo
UOL Tecnologia têm resolução de tela de 1.366 x 768 pixels.
Taxa de contrasteDos modelos testados, o da LG tem taxa de contraste de 2.000:1, o da Philips de 3.500:1, e o da Samsung de 5.000:1 —o valor mais alto e, portanto, a melhor taxa de contraste entre as TVs avaliadas.
O brilho da tela, medido em candelas por metro quadrado (cd/m2) também é um fator importante: telas com pouco brilho resultam em uma imagem apagada e sem vida. Neste quesito temos um empate geral, com brilho de 500 cd/m2 em todos os modelos.
Outro ponto é o tempo de resposta da tela, medido em milissegundos. Ele é o período de tempo que um pixel (o menor elemento que compõe a imagem na tela) leva para ir de preto (desligado) a branco (ligado). Se o tempo de resposta for alto demais, objetos que se movem rapidamente na tela vão borrar ou exibir "fantasmas", o que incomoda principalmente durante transmissões esportivas. Em monitores LCD o tempo de resposta típico é entre 8 e 16 milissegundos. Todos os modelos testados têm tempo de resposta muito bom, de 8 milissegundos.
Recursos de melhora da imagemTodos os modelos têm recursos para aprimorar a qualidade de imagem: o da Philips tem a função Redutor de Ruídos (nas entradas RCA e Antena) e Active Control, que ajusta constantemente vários parâmetros da imagem, como brilho e contraste, de acordo com a cena exibida.
Já os modelos da LG e Samsung têm processadores de imagem avançados que analisam e modificam o sinal para eliminar ruído, tornar as cores mais vivas e exibir movimentação mais natural em cenas de ação.
Na TV da LG a tecnologia se chama XD Engine, e na da Samsung, DNIE (Digital Natural Image Engine). Ambos os aparelhos têm um modo de "demonstração", que divide a imagem na tela meio-a-meio, para que você possa comparar os resultados com e sem o processamento de imagem ativado.
Som das TVs avaliadasTodos os aparelhos têm som estéreo. A TV Samsung tem potência de 10 watts RMS (5w em cada canal), a LG tem potência de 14w RMS (7w em cada canal) e a Philips 20w RMS (10w em cada canal). Saídas de som (com conectores RCA) em todos os aparelhos permitem sua conexão a um sistema de som de alta potência, se desejado.
Outro item em comum a todos os aparelhos são as várias opções de ajuste de imagem, desde o controle totalmente manual a perfis pré-definidos para cinema e jogos, por exemplo.
Ajustes de proporçãoHá também várias opções de ajuste de proporção da imagem: transmissões em 4:3, como os programas da TV aberta, podem ser exibidas em sua proporção original (com barras pretas de cada lado da imagem), "esticadas" para ocupar toda a tela (o que distorce a imagem), ou redimensionadas (com efeito de "zoom", de forma a ocupar toda a largura da tela sem distorção, à custa do corte de um pouco das partes de cima e de baixo da imagem).
O modelo da LG tem o recurso PIP (Picture in Picture), que permite assistir a dois programas ao mesmo tempo. A função torna possível, por exemplo, ver um DVD em tela cheia e um programa de TV em um quadro no canto da tela —útil para saber se a novela já começou.
Outro modo de PIP divide a tela ao meio e mostra as duas imagens lado-a-lado. O PIP não está disponível nas duas outras TVs que testamos.