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24/01/2008 - 07h01

Diferencial das DSLRs semi-profissionais está em recursos e imagem

MARCELO AYRES | Para o UOL Tecnologia
O que diferencia uma câmera semi-profissional de uma amadora é a performance superior em quesitos como qualidade de imagem e recursos tecnológicos. As semi-profissionais são também maiores, com empunhadura e ergonomia que seguem o estilo das profissionais.

As câmeras avaliadas pelo UOL Tecnologia comportam muitos dos recursos que até a pouco tempo eram exclusivos dos equipamentos profissionais.

Um deles é o full-frame do viewfinder, que mostra o enquadramento exato de como a imagem ficará depois de tirada a foto. O viewfinder da Sigma tem 98% de enquadramento e os das câmeras Olympus, Pentax e Sony, 95%.

Na capacidade de resolução de captura, a Sigma SD14 se destaca com 14 megapixels, enquanto a Sony Alpha 700 vem com 12 megapixels e Olympus E-510 e Pentax K10D têm 10 megapixels cada uma.

Lentes fazem a diferença

As lentes das máquinas SLR são seu diferencial de qualidade. O fator óptico é determinante para se obter uma imagem de alta qualidade. A quantidade de megapixels que cada câmera oferece vai ajudar a compor a imagem na hora da reprodução e impressão, mas o principal fica a cargo das lentes, no momento da captura.

Um conjunto óptico de qualidade propicia planos melhores e recortes mais precisos na hora do enquadramento, além de permitir controle exato da distância focal. No kit da Sigma, a SD14 vem uma objetiva de 17-70 mm, enquanto a Olympus E-510 inclui uma 14-42 mm. Tanto a Sony Alpha 700 como a Pentax K10D não incluem a objetiva —que precisa ser comprada separadamente.

No caso da Pentax, o comprador terá de acrescentar mais R$ 1.299 por uma objetiva básica. Para a Sony Alpha, serão R$ 1.739 adicionais. No teste, foram utilizadas objetivas 16-105 mm para a Sony Alpha 700 e 16-45 mm para a Pentax K10D.

Números nas lentes

Os números que acompanham as lentes indicam sua distância focal de zoom. Para que o leitor tenha uma idéia, a distância focal do olho humano é de 35 mm —o padrão para as câmeras. Assim, em distâncias menores temos o que se chama de "grande angular" e em maiores, "teleobjetiva".

O primeiro número é a abertura total de quando a lente está no menor zoom (14 mm na Olympus E-510 e 17 mm na Pentax SD14), e o segundo é quando está no maior. Isso é importante principalmente segundo as condições de luz do ambiente. Assim, quando se está em um local externo com muita luz, você não vai precisar deixar o diafragma bem aberto para captar a luz e nem escolher um ISO muito alto para ter uma boa foto.

Uma outra indicação numérica que se observa nas lentes é a relação da abertura do diafragma com os modos de zoom, o que influencia diretamente na luminosidade. Na câmera Olympus esse valor é de 3.5-5.6 e na Sigma de 2.8-4.5 (a de melhor luminosidade do teste).

Zoom

O zoom das lentes é totalmente óptico —e muito melhor do que o zoom digital, que prejudica a qualidade da imagem, já que funciona como uma ampliação da área que será capturada, sem conseguir manter a resolução original.

Após comprar a câmera e estrear no universo das DSLRs digitais, quem já tiver treinado bastante com a lente que a acompanha pode começar a pensar em formar um conjunto mais profissional adquirindo lentes com relação de zoom entre 70-210 mm e 80-200 mm, que são os primeiros níveis profissionais de teleobjetiva.

No teste, foi possível constatar que as lentes das câmeras testadas possuem boa luminosidade, tanto no zoom máximo quanto no mínimo.

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