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02/04/2008 - 07h04

Desenvolvimento da tecnologia modificou os tipos de memória; conheça-os

MARCELO AYRES | Para o UOL Tecnologia
No princípio da informática, os primeiros desktops tinham a memória soldada na própria placa-mãe e cada fabricante era proprietário de sua tecnologia de memória. Durante este tempo, os computadores não necessitam de muita memória.

Para se ter uma idéia, em 1981 o fundador da Microsoft, Bill Gates, enfatizava que 640 kilobytes, ou seja, pouco mais da metade de 1 megabyte, seria suficiente para a vida tecnológica qualquer usuário —hoje, não raro laptops são vendidos com 2 gigabytes de memória RAM.

Com a evolução dos PCs e dos novos recursos incorporados à placa-mãe, os computadores começaram a precisar de mais memória e ficou impossível soldar a quantidade necessária nas placas.

A solução foi colocar os módulos de memória e os chips em uma placa separada e acertar o encaixe em um soquete. O primeiro destes módulos foi o SIMM (do inglês "Single In-line Memory Module"). Eles precisavam ser instalados em pares e ter a mesma capacidade e velocidade, pois a largura do barramento da placa-mãe era maior do que a de um único SIMM.

Novos computadores com necessidade de mais memória empurraram a indústria para a criação de uma nova tecnologia. Assim, surgiu um novo padrão, chamado de DIMM (do inglês "Dual In-line Memory Module"). O DIMM, além de trazer mais capacidade de memória, também eliminou a necessidade de instalação em pares.

Tipos de memória

Os módulos de memória começaram a aparecer em 1987. Veja, abaixo, os tipos de memória que existiram até hoje.

FPM: Do inglês "Fast Page Mode", foi, durante um tempo, a forma mais comum de memória DRAM. Sua grande vantagem em relação às primeiras tecnologias de memória era permitir acesso rápido à leitura da memória em uma mesma linha.

EDO: Do inglês "Extended Data Out", foi uma inovação da FPM. Embora similar em sua constituição, seu funcionamento permitia que o acesso consecutivo à memória fosse mais rápido. O controlador podia eliminar alguns passos e assim acessar a CPU de 10 a 15% mais rápido.

SDRAM: Do inglês "Synchronous DRAM". Diferentemente das tecnologias anteriores, foi desenvolvida para sincronizar-se com o tempo do processador. Isto permitia ao controlador de memória saber exatamente quando a informação estaria disponível para a CPU, que não precisaria ficar esperando pelo acesso de memória. Além disso, o chip de SDRAM acelerava ainda mais o retorno das informações.

DDR SDRAM: Do inglês "Double Data Rate Synchronous DRAM". Uma evolução da SDRAM, permitia que o chip de memória executasse operações nos dois picos da curva do clock do PC.

DDR 2 SDRAM: Do inglês "Double Data Rate 2 Synchronous DRAM" é uma evolução da DDR e permite velocidades mais altas (de até 800 MHz), baixo consumo de energia e dissipação de calor.

DDR 3 SDRAM: Do inglês "Double Data Rate 2 Synchronous DRAM". Além de ter menor consumo de energia e melhor dissipação de calor, a terceira geração da DDR oferece velocidade de até 1.6 GHz.

O SSD, do inglês "Solid State Disk" é um tipo de memória flash utilizada para o armazenar informações. A tecnologia começa a aparecer em discos rígidos híbridos e em notebooks. Seu uso é explorado para o armazenamento de dados -e não para funcionamento semelhante ao da memória RAM.

Fontes ouvidas pela reportagem, contudo, alegam que são aplicações diferentes.

Para elas, o fato de hoje haver discos rígidos SSD com 64 GB e HDs "normais" com até 1 terabyte de capacidade de armazenamento, mostram que o fator preço é um diferencial (HDs são dezenas de vezes mais baratos do que SSDs). Outra diferença entre as tecnologias é a de que a memória do disco SSD não pode ser ampliada.

A SSD SUBSTITUIRÁ A RAM?

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