Uma das máximas da ergonomia é a mobilidade. Bons equipamentos são os que permitem liberdade de movimento e alternância de posições. Mesas pequenas, com gavetas para o mouse e o teclado e pouco espaço para os braços e pernas são as que mais contribuem para o desenvolvimento das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

A mesa ideal é aquela em que mouse e teclado podem ser acomodados em posições diferentes ao longo do dia e com espaço para o monitor e para apoiar os antebraços. Se a altura pode ser regulada, ainda melhor, pois aí fica fácil manter as pernas dobradas a 90 graus e o cotovelo também em ângulo reto— a posição que menos desgasta o corpo.

O formato mais indicado do móvel é com o tampo em "U", favorecendo o apoio dos membros superiores. "Acabou aquele conceito de escrivaninha, aquela coisa retangular. É bom que a pessoa seja abraçada pela mesa. O corpo tem que estar envolvido pela superfície do trabalho", relata o designer e ergonomista da Fundacentro Ricardo Serrano.

Adaptações

Se você trabalha em um lugar apertado onde não é possível instalar uma mesa espaçosa, dá paral fazer algumas adaptações. O apoio para o braço, por exemplo, pode ser substituído pelo apoio da cadeira, ou mesmo por um apoio fixo preso à mesa. Em ambos os casos, é bom lembrar que o apoio deve ficar no mesmo nível que o tampo.

A altura também pode ser compensada com um apoio para os pés ou mesmo com calços improvisados, caso ela não deixe espaço para as pernas.

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