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14/04/2008 - 07h08

Ouvidos também precisam de atenção no trabalho

CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia
Para fugir do barulho infernal do trânsito, da conversa irritante no escritório ou até mesmo para animar aquele freela chato da madrugada, não existe nada melhor do que ser embalado pelas nossas músicas favoritas. E, claro, todas guardadas no MP3 player.

O problema começa quando você excede o limite e passa muitas horas do dia ouvindo suas bandas preferidas com um som muito alto. Com o passar do tempo, as 15 mil células ciliadas externas (CCE), responsáveis por converter as vibrações mecânicas em impulsos nervosos, são lesionadas e os danos podem ser permanentes.

A perda da audição não é imediata. Pelo contrário: é lenta e gradual e leva de 10 a 20 anos para ser realmente percebida.

Porém, a lesão é irreversível e o uso de próteses auditivas é a saída nesses casos. "Nossa vida está ficando cada vez mais barulhenta. Assim, a perda da audição, que antes era registrada somente depois dos 60 anos, está atingindo adultos entre 35 e 40 anos", explica o otorrinolaringologista Luciano Neves.

Segundo ele, não existe um volume ideal (e universal) que garanta a integridade da audição (veja tabela ao lado com projeções). "A capacidade de som dos players varia muito de um para outro. Logo, não existe um número padrão", explica.

A dica é perceber se outras pessoas que estão próximas também estão ouvindo a música e tentar manter um volume agradável aos ouvidos. "Se o amigo chamar a sua atenção, é hora de dar um tempo no som", diz Neves.

Outra observação importante é evitar usar o fone apenas em um ouvido. Na maioria das vezes, quando isso acontece, costumamos exceder no volume e sobrecarregar a capacidade auditiva.

Quando é hora de procurar um médico?

Se o "hãn?", "o que?" são palavras repetidas inúmeras vezes durante o dia, é bom ficar atento. Pode ser um indício de que a sua audição está prejudicada.

De acordo com Neves, a troca constante de letras quando alguém fala com você (como bola por mola) também deve ser observada. "Outra dica é, em uma conversa por telefone, reparar se existe diferença entre um ouvido e outro durante o bate-papo", completa o médico. Em todos esses casos, uma visita ao otorrinolaringologista é indicada.

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