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13/06/2008 - 08h03

Na hora de digitalizar imagens, não dá para fugir do computador

MARCELO AYRES | Para o UOL Tecnologia
Se para imprimir fotos e copiar documentos não é preciso estar conectado ao PC, no momento de utilizar o scanner de um equipamento multifuncional, não será possível deixar o micro "de lado".

O uso do computador é essencial na tarefa porque existem diversas variáveis que precisam ser configuradas para a digitalização de uma imagem como a resolução da imagem, formato final e área a ser digitalizada. Tudo isso só é possível fazer com a ajuda de um software que deve ser instalado no PC.

O que observar antes da compra

Na hora de escolher um multifuncional, preste atenção nas especificações referentes à resolução óptica que o scanner possui e não apenas ao tópico resolução máxima que, na maior parte das vezes, está destacado nas propagandas e caixas dos produtos.

Isto porque, na resolução máxima apontada pelo fabricante, só é considerado o uso de interpolação por software, que cria artificialmente "mais resolução" sem qualidade efetiva de imagem.

A resolução óptica é o que realmente define a qualidade da imagem. Ou seja, a quantidade de pixels que serão capturados na hora do escaneamento e que irão compor a imagem. O scanner do multifuncional da HP Photosmart C7280, tem resolução óptica de 1.200 x 2.400 dpi.

Já o do Lexmark X4550 é de 600 x 1.200 dpi. Para se ter uma idéia de valores, uma imagem para ser impressa em meia página de uma revista necessita ser digitalizada com, pelo menos, 300 dpi para ter qualidade suficiente no processo de impressão profissional.

Profundidade de cor e CCD

A Profundidade de Cor também é um ponto importante a ser observado na hora de comprar o seu equipamento, pois representa o número de bits de cada pixel. Quanto maior o número de bits, mais cores são representadas e uma maior gama de cores pode ser capturada. Ou seja, quanto mais profundidade, mais cores.

Os dois aparelhos testados têm profundidade de cor de 48 bits e 8 bits para os tons de cinza, que no total chegam a 256. Para se ter uma idéia, os primeiros scanners de mesa tinham apenas 8 bits para cor e 1 bit para o cinza.

Um bom aliado para a Profundidade de Cor é o CCD (charge-coupled device) —que consiste em um conjunto de receptores de luz em linha, colocados muito próximos uns dos outros, que detectam as variações de intensidade de luz e de freqüência. A maioria dos scanners de mesa utiliza uma série de CCDs.

A qualidade desse arranjo de CCDs é provavelmente o fator mais importante que afeta a qualidade da imagem de um scanner. Assim, mesmo com uma Profundidade de Cor alta, se o CCD consegue captar apenas um pequeno número de cores distintas, o resultado final será ruim.

Velocidade de digitalização

A velocidade de digitalização em multifuncionais depende do tamanho e resolução das imagens e também do tipo de dispositivo usado na porta de conexão —já que o tempo de transferência para o computador de um USB 1.0 é mais lento que um 2.0.

De acordo com as especificações fornecidas pela HP, o modelo testado digitaliza fotografia em cores de 10x15 centímetros em menos de 26 segundos. Já uma página inteira com texto, menos de 32 segundos —dependendo da complexidade do documento.

A empresa Lexmark não fornece dados específicos sobre a velocidade de digitalização de arquivos.

Um recurso bem interessante oferecido pelos multifuncionais testados é a possibilidade de transformar textos digitalizados em documentos do Word que podem ser editados —graças aos softwares de OCR (Optical Caracter Recognition), que fazem o reconhecimento óptico das letras gravadas como imagens transformando-as em caracteres.
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