Firma de advocacia antipirataria é processada após lista com 5 mil "fãs" de pornografia vazar

Da Redação

  • Getty Images

    Usuários eram processados pelo escritório de advocacia por baixar conteúdo pornô via torrent

    Usuários eram processados pelo escritório de advocacia por baixar conteúdo pornô via torrent

Uma empresa de advocacia britânica antipirataria está sendo processada por violar as leis do país de proteção à privacidade depois que o fórum 4chan divulgou uma lista com 5 mil nomes de usuários de conteúdo pornográfico. A multa pode chegar a 500 mil libras (R$ 1,3 milhão). As informações são da “BBC” e do “Gawker”.

Os nomes haviam sido fornecidos ao escritório de advocacia ACS: Law pela operadora BT, mediante ordem judicial. Essas pessoas seriam processadas por baixar conteúdo pornô de sites de torrent, que permitem a hospedagem de arquivos e seu download por múltiplos usuários, muitas vezes desrespeitando direitos autorais ligados a seu conteúdo.

Segundo a BT, os dados foram enviados aos advogados da empresa sem serem encriptados (transformados em código para evitar a violação dos dados), mas com a suposição da operadora de que eles seriam “guardados e tratados de forma segura”.

Além desse erro da BT, o site da ACS: Law foi atacado por ativistas do 4chan -- fórum que não guarda histórico das mensagens e permite compartilhamento de qualquer tipo de conteúdo -- na chamada “Operação Vingança”, que tinha como alvo empresas antipirataria.

Nessa ação, além de deixar o site da firma de advocacia indisponível, os hackers puderam acessar todos os documentos não protegidos existentes no banco de dados da empresa, enquanto técnicos restauravam seu backup. Isso incluía os dados pessoais de 5 mil usuários da BT que acessaram conteúdo pornográfico.

“Os dados foram expostos não porque hackers atacaram o site da ACS: Law, mas sim devido a uma brecha de segurança aberta enquanto os técnicos tentavam colocar o site da empresa no ar novamente”, explicou à “BBC” Amichai Shulman, CTO (Chief Technology Officer) da Imperva, especializada em segurança.

Além da ACS:Law, a própria BT poderá enfrentar multas pesadas por ter infringido a Lei de Proteção de Dados britânica, que chegam a até 500 mil libras.
 

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