Fórum anônimo pró-Wikileaks é atacado e fica fora do ar

Da Redação

  • Reprodução

    Mensagem no perfil do 4chan no Twitter confirma - e ironiza - o ataque que tirou o site do ar

    Mensagem no perfil do 4chan no Twitter confirma - e ironiza - o ataque que tirou o site do ar

O 4chan, fórum que não guarda histórico das mensagens e permite compartilhamento de qualquer tipo de conteúdo, ficou indisponível na terça (28) após sofrer um ataque de negação de serviço. Curiosamente, o 4chan reúne ativistas pró-Wikileaks e é utilizado para lançar ataques do mesmo tipo – o mais recente deles teve como alvo Mastercard, Visa e PayPal. Na manhã desta quarta (29), o site já tinha sido restabelecido. As informações são do "Washington Post".

O fundador do site, Christopher Poole, confirmou o ataque em uma mensagem em seu blog. “O site caiu em razão de um ataque DDoS. Estamos agora no mesmo ranking de Mastercard, Visa e PayPal – um clube exclusivo!”, ironizou. O 4chan não divulgou informações sobre quem seriam os possíveis autores do ataque.

Os ataques DDoS, de negação de serviço, utilizam máquinas zumbis (controladas remotamente) para acessar um recurso de um servidor ao mesmo tempo. Essa sobrecarga de requisições num mesmo link faz com que ele pare de atendê-las, provocando a indisponibilidade do serviço.

Outra mensagem, no Twitter do 4chan, também admitia o ataque ao fórum na terça. "Site temporariamente indisponível em razão de um ataque DDoS - ou - achamos que @Mastercard, @PayPal e #Visa não estão sós", diz o tuíte.

Operação Payback

Um grupo conhecido como “Anônimos” organizou ataques utilizando fóruns como o 4chan contra sites que pararam de prestar serviços ao Wikileaks, depois que a organização publicou milhares de relatórios diplomáticos dos EUA que causaram constrangimento entre Washington e uma série de aliados do país.

A campanha para vingar o WikiLeaks foi chamada de "Operation Payback" (Operação Troco) e conseguiu retirar do ar páginas das administradoras de cartões Visa, Mastercard, além do PayPal, governo sueco e holandês. O site da loja virtual da Amazon não conseguiu ser derrubado pelos ataques.

Em entrevista ao UOL Notícias, um membro do Anônimos afirmou que o grupo é grande e que não há nenhuma conexão entre seus membros na vida real. "Alguns de nós são advogados, alguns trabalham no McDonalds – há uma enorme variedade. A única coisa que temos em comum é um pouco de conhecimento técnico e um desejo de vingar o WikiLeaks", declarou o ativista, que não divulgou seu nome real.

O ativista reforçou ainda que o grupo não tem ligação com Julian Assange, criador do Wikileaks. "Nenhum de nós tem qualquer relação com Assange, não o conheço e nunca vou conhecer. Eu apenas aprecio o que ele está fazendo e dou apoio", disse.

Receba notícias pelo Facebook Messenger

Quer receber as principais notícias do dia de graça pelo Facebook Messenger? Clique aqui e siga as instruções.

UOL Cursos Online

Todos os cursos