FBI executa 40 mandados de busca em investigação de ataques pró-Wikileaks
Da Redação
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Philippe Hugue/AFP
Hacker francês do grupo Degenerescience visita o Wikileaks num café em Lille, França
Agentes da polícia federal norte-americana executaram 40 mandados de busca nesta quinta (28) nos Estados Unidos, como parte da investigação sobre os ataques pró-Wikileaks realizados por ativistas ligados ao grupo “Anonymous”. As ações ocorreram em dezembro do ano passado, em retaliação aos sites da Visa, Mastercard, PayPal e Amazon, que descontinuaram serviços prestados ao Wikileaks. A agência até o momento não informou se foram feitas prisões.
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Também nesta quinta, a polícia britânica prendeu cinco pessoas, entre 15 e 26 anos, acusados de serem membros do grupo “Anonymous”. As prisões foram baseadas numa lei de 1990 sobre uso indevido de computadores. Os jovens podem cumprir pena de até dez anos de prisão, caso condenados.
Os ataques lançados contra os sites da Visa, Mastercard, PayPal e Amazon assumidos pelo grupo "Anonymous" utilizaram a técnica DDoS, de negação de serviço. Máquinas zumbis (controladas remotamente) acessam um recurso de um servidor ao mesmo tempo. Essa sobrecarga de requisições num mesmo link faz com que ele pare de atendê-las, provocando a indisponibilidade do serviço. O único site que resistiu ao ataque foi o da Amazon.
No comunicado à imprensa, o FBI destacou que facilitar ou conduzir esse tipo de ataque é ilegal no país e pode acarretar pena de até dez anos de prisão. A agência afirmou ainda que está trabalhando em conjunto com outras autoridades internacionais e que Holanda, Alemanha e França têm conduzido suas próprias investigações sobre o caso.
Operação Payback
Um grupo conhecido como “Anonymous” organizou ataques contra sites que pararam de prestar serviços ao Wikileaks, depois que o site publicou milhares de relatórios diplomáticos dos EUA que causaram constrangimento entre Washington e uma série de aliados do país.
A campanha para vingar o WikiLeaks foi chamada de "Operation Payback" (Operação Troco) e conseguiu retirar do ar páginas das administradoras de cartões Visa, Mastercard, além do PayPal, governo sueco e holandês. O site da loja virtual da Amazon não conseguiu ser derrubado pelos ataques.
Em entrevista ao UOL Notícias, um membro do Anônimos afirmou que o grupo é grande e que não há nenhuma conexão entre seus membros na vida real. "Alguns de nós são advogados, alguns trabalham no McDonalds – há uma enorme variedade. A única coisa que temos em comum é um pouco de conhecimento técnico e um desejo de vingar o WikiLeaks", declarou o ativista, que não divulgou seu nome real.
O ativista reforçou ainda que o grupo não tem ligação com Julian Assange, criador do Wikileaks. "Nenhum de nós tem qualquer relação com Assange, não o conheço e nunca vou conhecer. Eu apenas aprecio o que ele está fazendo e dou apoio", disse.
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