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04/02/2010 - 07h00 / Atualizada 04/02/2010 - 10h23

Paciência e gastos desafiam gamers que querem personalizar seus PCs

BRUNO ROBERTI | Do UOL Tecnologia
  • PC personalizado para games custa a partir de R$ 2.000

“O meu computador está sendo montado a cada dia. Toda semana faço algum ajuste e, pelo menos a cada mês, compro algo de valor. Assim escolho as melhores peças e não faço gastos desnecessários.” Essa é a rotina da montagem do computador de Jean Rith, um dos moderadores do fórum NVmania, que reúne cerca de 300 fãs de games.

Mas o que vale mais a pena: comprar um computador com as configurações ideais para jogos ou montar o seu próprio hardware, com as configurações personalizadas? Depende. Os mais aficionados preferem montar, pois assim conseguem personalizar suas máquinas e fazer o update nelas quando bem entenderem. Já aqueles menos fãs, que só jogam por lazer, geralmente fazem a opção por um PC já pronto, por conta das facilidades de pagamento e também por não exigir tanto conhecimento técnico. 

Cadu Pedroni, administrador do site Universe Games, admite que já gastou mais do que devia em um componente. “A maior loucura que já fiz foi comprar uma fonte que custa cerca de R$ 500, sendo que a maioria custa entre R$ 180 e R$ 220”.

Pedroni tem um bom motivo para isso. “Já queimei três fontes e duas placas-mãe, então gastei para ter algo de qualidade”. “Com o tempo as fontes vão perdendo o rendimento máximo e a maioria cai muito o nível de eficiência, que é super importante”, explica. 

Para se dar bem em games contra adversários na internet ou até mesmo para se divertir contra o próprio computador, é preciso entender um pouco de configurações técnicas de cada componente. Caso contrário, você corre o risco de ter alguma placa queimada e gastar mais do que o necessário, como já foi o caso de Pedroni.

Jean Rith dá algumas dicas. “Para montar o próprio computador, é preciso, sim, ter pelo menos uma base do assunto. O resto, a internet ajuda”. “O que importa mesmo é o conhecimento adquirido, a interação com os demais admiradores do assunto e se divertir”, conclui.

Aficionados por games

  • Divulgação

    De um lado os fãs preferem montar. De outro, fabricantes apostam em PCs já configurados

Custo x benefício

Algumas empresas disponibilizam computadores com as configurações ideais para jogar. No mercado existem opções como notebooks e computadores, mas a maioria com preços bem acima dos R$ 4 mil. Mas os fãs de games preferem um caminho alternativo, já que não vão poder fazer upgrade com o tempo ou escolher alguma configuração. 

“Na minha visão, a melhor coisa é montar o seu próprio computador, peça por peça, assim ele fica de acordo com as necessidades do usuário. Comprar computadores prontos, na maioria dos casos, não é o mais indicado”, alerta Jean Rith.

Já Claudio Batistuzzo, do site Games Brasil, analisa a facilidade de pagamento das empresas. Para montar um PC, dificilmente o usuário consegue inúmeras parcelas, o que pesa no bolso.

“Acredito que hoje apenas um número pequeno de jogadores hardcore ainda opte por montar o PC inteiro para games, enquanto os jogadores casuais e mesmo os mais avançados, que jogam só de final de semana, acabam partindo para um PC pronto”, afirma.

Para se ter uma ideia de valores para desembolsar, o ideal é calcular o custo de cada peça. É claro que existem opções tops de linha, que tiram o melhor proveito dos jogos, mas os usuários conseguem, sem gastar muito, configurar um bom computador para suas próprias necessidades.

Para os com menos grana, é possível montar um PC para jogos desembolsando cerca de R$ 2 mil, sem monitor. Já para aqueles que não estão preocupados em gastar, um computador top de linha não sai por menos de R$ 6 mil.

“A melhor coisa a se fazer antes de comprar algo é pesquisar se o produto é bom e realmente vale a pena. A informática segue aquela lógica: tudo o que é bom custa caro”, conclui Jean.
 

 

 

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