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22/02/2010 - 15h04

Perfis de jovens em redes sociais tendem a refletir suas personalidades no mundo real

Da Redação

"Perfis em rede sociais quase sempre são uma idealização no mundo virtual de uma identidade que gostaríamos de ter". Apesar dessa ser a impressão da maioria dos internautas, uma pesquisa alemã mostra que a tendência é inversa: jovens entre 17 e 22 anos tendem a reproduzir suas personalidades reais no mundo virtual.

A pesquisa foi conduzida por Mitja D. Back e cientistas do Departamento de Psicologia da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha.

Com mais de 700 milhões de pessoas no mundo utilizando redes sociais, o pesquisador iniciou o estudo para demonstrar que se um perfil numa rede social online refletia a realidade, seria válido utilizá-lo para análises psicológicas do seu dono. O resultado obtido, no entanto, pode ajudar a explicar a popularidade dessas redes online.

Idealização x realidade

Foram utilizados dados de usuários do MySpace e Facebook da Alemanha e dos Estados Unidos. Para assegurar que os perfis não seriam alterados depois de iniciada a pesquisa, os dados online foram salvos antes dos usuários saberem o teor do levantamento.

Os participantes foram submetidos a diferentes testes de personalidade, para determinar tanto sua personalidade real como a que eles gostariam de ter efetivamente. Depois, observadores compararam os perfis online com os testes presenciais.

Os resultados contrariaram o senso comum: os perfis online bateram com mais traços da personalidade real dos indivíduos observados, tais como extroversão, afabilidade, grau de consciência, condições neuróticas e abertura.

A exatidão foi mais forte para características como extroversão (paralelo a resultados de encontros cara a cara) e abertura (semelhante a pesquisas em ambientes pessoais). A exatidão foi menor para condições neuróticas, o que corrobora com pesquisas anteriores que mostram ser difícil reconhecer casos assim em contextos de pouco ou nenhum conhecimento prévio do participante.

Para que o resultado seja válido, os cientistas irão repetir os testes com faixas etárias mais velhas e outros traços de personalidade nos próximos meses.
 

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