A Microsoft resolveu retirar a queixa contra o site Cryptome, que havia publicado orientações internas da empresa de Bill Gates quanto a fornecimento de dados dos usuários à Justiça.
O Cryptome colocou no ar um documento interno da Microsoft sobre as medidas que a empresa deve tomar caso sejam solicitados dados pessoais pela lei. O site classificou as medidas como 'espionagem', já que as informações confidenciais dos usuários poderiam cair nas mãos de qualquer um.
Na quarta-feira (24), a Microsoft pediu para John Young, proprietário do Cryptome, retirar o site do ar devido à violação de direitos autorais. Como ele se recusou a obedecer, a empresa Network Solutions, que hospeda o site, citou o Digital Millenium Copyright Act (DMCA) e foi obrigada a tirá-lo do ar na quinta-feira (25).
Porém, em comunicado oficial, a Network Solutions colocou o site de volta ao ar por solicitação da Microsoft, já que um porta-voz da gigante de software afirmou que houve um equívoco quanto à queixa, segundo reportagem da “Cnet”.
“Nós não pedimos para o site ser tirado do ar. Apenas o conteúdo que pertence a Microsoft precisa ser removido. Estamos pedindo para que o site seja restaurado e buscando a remoção do documento”, disse o porta-voz.
Dados que podem ser divulgados
Caso a lei solicite à Microsoft algum dado confidencial, a empresa é obrigada a colaborar com as investigações da Justiça. Os procedimentos que devem ser adotados estão no documento “Microsoft Global Criminal Compliance Handbook”, que caiu nas mãos de um jornalista da “Computer World”.
Segundo a reportagem, dados de e-mail, do Windows Live, além de informações sobre o Office online e até mesmo do Xbox Live, plataforma de jogos online do videogame da Microsoft.
Se os dados não forem suficientes para a Justiça, uma intimação ainda poderia dar acesso a informações como endereços IP da máquina do usuário e conteúdo de e-mail.
