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29/09/2010 - 13h20 / Atualizada 28/03/2011 - 16h33

Proibir motoristas de enviar SMS tem efeito mínimo na redução de acidentes, diz pesquisa

Da Redação
  • Jovens motoristas são mais suscetíveis a acidentes enquanto enviam SMS

    Jovens motoristas são mais suscetíveis a acidentes enquanto enviam SMS

A proibição do envio de mensagens de texto enquanto os motoristas estão dirigindo – existente em vários Estados nos EUA – é ineficiente para reduzir acidentes, revela estudo do Highway Loss Data Institute (HLDI) divulgado na última terça (28).

O instituto verificou ainda que, além de não reduzir o número de acidentes, a proibição está associada a sua ligeira alta.

“Proibir o envio de mensagens de texto não reduziu o número de acidentes. Numa inversão perversa, acidentes aumentaram em três dos quatro Estados que passaram a adotar tais leis restritivas”, destacou Adrian Lund, presidente da HLDI.

Os resultados foram obtidos após comparação de pedidos enviados a seguradoras em quatro Estados norte-americanos, antes e depois da aplicação de leis proibindo motoristas de enviarem SMS.

Os dados corroboram um estudo anterior da HLDI sobre a probição de falar ao celular ao volante, que também mostrou ineficiência na redução de acidentes com leis com restrição a essa prática.

 

Jovens em risco

Segundo a HDLI, motoristas jovens são mais suscetíveis do que mais velhos a sofrer acidentes, pois têm um costume maior de enviar mensagens de texto enquanto dirigem. Além disso, o número de acidentes envolvendo motoristas com menos de 25 anos aumentou após a proibição.

Uma das hipóteses de Lund para o aumento de acidentes mesmo após a proibição dos Estados é que os motoristas podem ter passado a utilizar seus celulares mais distantes da visão dos policiais. Isso teria aumentado o risco de acidentes, pois o motorista afasta ainda mais o olhar do trânsito.

Lund adverte que os dados mostrados pelo estudo não querem dizer que é seguro enviar SMS enquanto estamos dirigindo. “O que queremos mostrar é que as leis que proíbem a prática são ineficientes”, explica.
 

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