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28/03/2011 - 16h29 / Atualizada 29/03/2011 - 15h02

Envio de SMS no Brasil está abaixo da média regional da América Latina, diz estudo

Da Redação
  • Segundo consultoria, internet via celular no Brasil dá mais lucro que envio de mensagens de texto

    Segundo consultoria, internet via celular no Brasil dá mais lucro que envio de mensagens de texto

Em 2010, os brasileiros enviaram apenas 21 mensagens de texto por mês, apesar do uso  ter aumentado 75% no mesmo período, indica um estudo da consultoria Acision sobre serviços de valor agregado em telefonia móvel. O número está bem abaixo de outros países na América Latina: na Venezuela, a média de SMS enviados por mês é de 200; no México, é de 130 e na Argentina, 100.

O estudo, conduzido pela Acision, teve um total de 1.206 entrevistados no Brasil, entre 18 e 65 anos, das classes econômicas A, B e C. O principal motivo para a baixa adesão dos brasileiros às mensagens de texto via celular é a falta de interesse no serviço – resposta dada por 77,8% dos entrevistados. O segundo maior obstáculo é o alto preço das mensagens, citado por 9,5% dos usuários. Ou seja, a principal barreira, diz o estudo, é mais cultural do que de oferta e preço. No entanto, segundo a pesquisa, mais de um terço dos entrevistados afirmou que vai aumentar o uso de SMS nos próximos 12 meses.

Ao contrário do restante da América Latina, os serviços de internet no Brasil compõe a maior parte da receita média por usuário (47%). Em outros países, são justamente as mensagens de texto que contribuem para a receita média por usuário ou cerca de 83%, mas aqui eles representam apenas 42%.

A pesquisa apontou também que 19,5% dos entrevistados utilizaram serviços de mensagens instantânea no celular nos últimos três meses. Os jogos fazem parte do dia a dia dos usuários: 57,7 % dos entrevistados disseram ter aplicativos instalados no celular e que jogam, em média, 10 vezes por mês. Cerca de 22% afirmaram ter acessado redes sociais no aparelho; apenas 3,8% dos usuários disseram ter assistido a algum tipo de conteúdo de TV no aparelho nos últimos três meses.

O preço também é obstáculo para aqueles que possuem celulares habilitados a acessar a internet, mas que não a utilizam. Cerca de metade dos entrevistados afirma que o serviço é caro; outros 46% disseram “faltar praticidade” no seu uso.

Diferenças regionais

No mundo, já são 5,4 bilhões de assinantes de serviços de telefonia móvel. Só na América Latina, são 559,7 milhões de usuários, ou 10,73% do total de linhas existentes mundialmente, segundo dados da 4G Americas.

Ainda na América Latina, 83% da base de assinantes de telefonia móvel usam linhas pré-pagas, contra 17% pós-pagos.

A receita bruta proveniente de serviços das operadoras alcançou cerca de R$ 67,3 bilhões – aumento de 8,23% entre 2009 e 2010. A receita líquida cresceu cerca de 7,87% ou quase R$ 52,9 bilhões.

Mais de um celular por habitante

O Brasil fechou fevereiro de 2011 com mais de 207,5 milhões de assinantes na telefonia celular, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os telefones pré-pagos do país respondem por 82,23% (170,7 milhões) dos acessos, enquanto os pós-pagos ficam com 17,77% (36,9 milhões). No mês passado, 17 Estados brasileiros registraram a marca de mais de um celular por habitante.

Em novembro do ano passado, o Brasil ultrapassou a marca de um aparelho para cada pessoa (na época, havia 100,44 celulares para cem habitantes). Em fevereiro, esse número chegou a 106,91 acessos por cem habitantes.

Os Estados que têm mais de um celular por habitante são: Distrito Federal (182,26), São Paulo (123,53), Mato Grosso do Sul (121,54), Rio de Janeiro (116,6), Goiás (114,6), Rio Grande do Sul (113,86), Rondônia (112,97), Mato Grosso (111,49), Santa Catarina (109,26), Pernambuco (108,32), Espírito Santo (108,22), Paraná (108,09), Tocantins (103,67), Rio Grande do Norte (102,65), Amapá (102,35), Minas Gerais (102,31) e Sergipe (101,98).

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