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25/04/2011 - 12h05 / Atualizada 25/04/2011 - 20h21

iPhone grava localização de usuário mesmo com o recurso desabilitado, testa jornal

Da Redação
  • Dados colhidos num iPhone foram reunidos num mapa por especialistas em segurança

    Dados colhidos num iPhone foram reunidos num mapa por especialistas em segurança

Um teste conduzido pelo “Wall Street Journal” revela que o iPhone coleta e armazena dados de localização mesmo quando o recurso é desabilitado no smartphone da Apple. As informações foram publicadas nesta segunda (25).

Segundo o jornal, aparentemente as informações são coletadas a partir de antenas de celular e pontos de acesso Wi-Fi próximos ao iPhone. Entretanto, essas informações não são transmitidas de volta para a Apple.

O fato de o aparelho gravar essas informações, mesmo quando o serviço de localização está desligado, renova a polêmica sobre a falta de informação aos consumidores sobre os dados que são colhidos pelos celulares, prossegue a reportagem do “Wall Street Journal”.

Como foi o teste

O jornal utilizou um iPhone 4, com as configurações de fábrica restauradas, rodando a última versão do sistema operacional da Apple – iOS 4.3.

Os serviços de localização foram desabilitados e imediatamente foram gravadas as informações que inicialmente tinham sido colhidas pelo celular.

Logo após, o celular foi levado para novos locais e os dados foram analisados. Com o passar de algumas horas em que o iPhone “passeava”, continuava a coletar dados dos novos locais.

Esses dados incluem marcas de coordenadas e tempo; entretanto, as coordenadas não eram dos locais exatos onde o celular esteve (alguns tiveram "milhas" de diferença de distância). Um pesquisador independente, Ashkan Soltani, verificou a descoberta do jornal.

Entenda a polêmica

Na última quarta (20), dois especialistas em segurança britânicos demonstraram que o celular da Apple era capaz de gravar um arquivo com informações sobre localização e tempo. Com isso, qualquer pessoa com acesso ao iPhone ou o computador que contém o backup dos seus dados pode descobrir onde o usuário esteve nos últimos meses. O problema também afeta iPads.

“A Apple tornou possível que qualquer pessoa – uma mulher ciumenta ou um detetive particular – com acesso ao seu celular ou computador consiga informações detalhadas de onde você esteve”, explica Peter Warden, um dos especialistas que participou da pesquisa.

Quando o usuário troca seu iPhone ou iPad 3G por novos aparelhos, os dados sobre sua localização também são migrados para eles. Os pesquisadores também tentaram encontrar em dispositivos Android, do Google, alguma brecha similar, mas não acharam. “Não sabemos de nenhum outro fabricante de celulares que esteja fazendo isso”, completa Warden.

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