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17/06/2011 - 15h22 / Atualizada 12/08/2011 - 16h43

Após assumir autoria, hackers justificam invasão aos sites da Sony, FBI e CIA

Da Redação
  • Site da CIA ficou indisponível após ataque atribuído ao grupo hacker Lulzsec

    Site da CIA ficou indisponível após ataque atribuído ao grupo hacker Lulzsec

O grupo hacker Lulz Security divulgou um comunicado nesta sexta-feira (17) explicando por que teria publicado uma lista de 62 mil endereços de e-mail e senhas, além de invadir os sites da Sony, FBI, CIA, Fox e PBS – eles reivindicam autoria de todos esses ataques. De acordo com o texto, as ações serviram como um alerta para as falhas de segurança (um argumento comum nesse tipo de situação). “E se não tivéssemos divulgado nada? E se estivéssemos em silêncio? Isso significaria que estaríamos secretamente dentro dos sistemas do FBI, da PBS e da Sony assistindo, abusando”, diz o comunicado que marca o tuíte número 1 mil do grupo.

“Você acha que todo hacker anuncia todos os seus ataques? Nós certamente não fizemos isso e temos certeza que outros jogam o jogo do silêncio. Você se sente seguro com sua conta do Facebook, do Gmail, do Skype? O que o faz pensar que não existe um hacker silencioso dentro desses serviços, coletando informações e talvez vendendo esses dados? Você é um peão para essas pessoas. Um brinquedo. Um monte de caracteres com valor.” O texto diz que os usuários deveriam temer isso e não a divulgação das informações.

“Há sempre o argumento de que divulgar tudo isso é cruel (...), mas bem-vindo a 2011. Essa é a era em que fazemos algumas coisas por achá-las divertidas. Ver a foto de um perfil no Facebook virar um pênis e depois ler o comentário da irmã desse usuário não tem preço. Receber e-mails bravos do homem para quem você encomendou dez vibradores, porque ele não consegue manter a conta da Amazon segura, não tem preço. Você acha graça ao ver o circo pegar fogo, achamos graça ao causar isso. Liberamos dados pessoais para que pessoas más possam nos entreter pela forma como usam essas informações”, continua o grupo.

O Lulz Security (também conhecidos como “aqueles desgraçados do Twitter”, como eles mesmo definem) garante que “vai continuar criando coisas empolgantes e novas até que sejamos levados à Justiça, o que deve acontecer. Mas a gente não liga: vocês devem nos esquecer em três meses, quando houver um novo escândalo (...). Essa é a internet e ferramos uns com os outros em busca de satisfação.”

Ataques
A lista de 62 mil endereços de e-mail e senhas divulgada teve origem nos ataques das últimas semanas, alguns deles feitos a sites pornográficos. Os dados dão acesso a contas no Facebook, Twitter, Yahoo, Hotmail, Gmail, entre outros serviços na internet.

Segundo o “Inquirer”, já foram feitos mais de 3,2 mil downloads da lista, publicada em um site de compartilhamento de arquivos. O grupo mantém um perfil no Twitter, pelo qual anunciou o vazamento dos e-mails e senhas. "Esperamos que todos tenham gostado dessa lista. É bom ver um pouco de 'carnificina refrescante'", comemoraram os integrantes do grupo, em um tuíte publicado nesta quinta (16).

Na quarta (15), o Lulzsec lançou um ataque contra o site público da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O site www.cia.gov ficou indisponível por alguns minutos na noite de quarta-feira, imediatamente após o grupo anunciar o ataque em sua página do Twitter. Antes disso, o Lulzsec invadiu um site público do Senado norte-americano no último fim de semana e divulgou dados dos computadores da Casa. O grupo afirmou ter voltado a atacar o site do Senado na quarta (15).

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