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24/06/2011 - 18h34 / Atualizada 12/08/2011 - 16h38

Petrobras nega que hackers violaram arquivos da empresa

Da Redação
  • Página da Petrobras sofreu instabilidade na tarde de quarta-feira (22); empresa nega que ataque hacker do LulzSecurity Brazil tenha comprometido a rede interna ou dados do site

    Página da Petrobras sofreu instabilidade na tarde de quarta-feira (22); empresa nega que ataque hacker do LulzSecurity Brazil tenha comprometido a rede interna ou dados do site

A Petrobras negou que hackers tenham violado quaisquer arquivos de sua rede interna ou do site da empresa. A empresa divulgou a informação nesta sexta-feira (24) como resposta a uma reportagem da Folha.com.

De acordo com a petrolífera, os dados obtidos pela reportagem “Hackers divulgam dados pessoais de funcionários da Petrobras” não foram extraídos diretamente da base de dados da empresa ou do site. “A Petrobras está investigando a origem das informações”, informa o comunicado.

Baseada em informações vazadas pelos hackers do LulzSecurity Brazil, a reportagem da Folha.com conseguiu confirmar informações como CPF, função na petrolífera e até dados bancários de um dos funcionários envolvidos citados no documento publicado pelo grupo.

Na tarde de quarta-feira (22), a Petrobras registrou um grande número de tentativas de acesso ao site. O congestionamento fez com que a página da empresa ficasse instável momentaneamente. “TANGO DOWN www.petrobras.com.br”, postou o perfil do grupo LulzSec Brazil para informar a ação.

Contra o Governo

Os grupos LulzSec e o Anonymous, recentemente, se uniram contra órgãos governamentais de todo o mundo em uma operação chamada de Antisec. “A LulzSec e o Anonymous acabaram de declarar guerra aberta contra todos os governos, bancos e grandes corporações do mundo [...]. O objetivo é expor corrupção e segredos obscuros“, diz o manifesto sobre a parceria.

A divisão brasileira do LulzSec começou a agir na madrugada desta quarta-feira (22), quando fez ataques ao site da Presidência da República (www.presidencia.gov.br), página do Governo (www.brasil.gov.br) e ao site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).

Na tarde do mesmo dia, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) afirmou que o ataque foi o maior já sofrido pelo Governo. Segundo o órgão, houve picos de 2 bilhões de tentativas de acessos simultâneos vindos da Itália. Neste dia, a Petrobras também recebeu um alto volume de acessos, o que deixou o site da petrolífera instável. A companhia alegou que os hackers não conseguiram obter informações.

Na manhã da última quinta-feira (23), o grupo hacker liberou supostos dados pessoais de Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, e de Dilma Roussef, presidente do Brasil. Além disso, eles postaram links no Twitter para dois arquivos: um com supostas trocas de mensagens entre funcionários da Petrobras e outro com senhas e logins de acesso a áreas restritas do site do Ministério do Esporte. Durante a tarde, o site do Ministério do esporte (www.esporte.gov.br) saiu do ar.

A publicação desses dois arquivos sugere que o grupo queria provar ao Serpro – que descartou a possibilidade de roubo de informações – que os sistemas também foram invadidos.

Os sites do Senado e da Presidência ainda foram alvo de ataques na tarde da última quinta. 

No dia seguinte, quinta-feira (23), o grupo postou informações contidas em um arquivo de texto com e-mails com domínio “petrobras.com.br” e o suposto cargo que cada um dos citados ocupa na companhia.

O ato do grupo hacker sugere que eles queriam mostrar para a Petrobras que, apesar de a empresa ter alegado que nada foi acessado, eles tinham conseguido capturar algumas informações.

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