Feira de tecnologia realizada em Berlim, de 2 a 7 de setembro
Comprar um televisor e usar o controle remoto que vem junto é uma ideia que pode desaparecer em breve. Na IFA 2011, feira de eletrônicos de consumo e eletrodomésticos realizada na Alemanha, diversas companhias mostraram aplicações que “aposentam” o controle convencional e colocam os tablets e smartphones como protagonistas no comando da sala de estar.
LG Electronics, Philips, Samsung e Toshiba mostraram na prática como o controle da TV pode ser feito via tablets e smartphones. Há modelos mais avançados, que reproduzem o conteúdo da TV no celular, e outros mais simples, que simplesmente levam o conteúdo das telinhas (tablet ou smartphone) para o telão (TV).
As televisões inteligentes, como são chamadas, estão conectadas diretamente à internet via Wi-Fi e o controle desses aparelhos é feito via aplicativos (como os joguinhos que você baixa no celular para amenizar a espera em longas filas). Nesse universo high-tech, as próprias TVs têm aplicativos de conteúdo e, como estão conectadas à internet, oferecem acesso a uma versão do Facebook para a telona, por exemplo.
Integração
Os televisores inteligentes já têm versões gratuitas do aplicativo “controlador da TV” na Android Market e na App Store, da Apple. A interface do tablet e do smartphone favorece a experiência de navegação na tela do televisor. Um exemplo disso é que o usuário/telespectador utiliza o teclado virtual do tablet ou do celular para digitar o endereço dos sites que aparecerão na telona da TV com acesso à internet.
No Brasil, as principais fabricantes já comercializam modelos com o recurso de acesso à web e de controle via smartphone. LG, Philips e Samsung têm as linhas chamadas SmartTV, enquanto a Sony tem a linha Internet TV.
Aplicativos “padronizados”
Apesar de a tecnologia não ser nova, na edição deste ano da IFA a maioria das fabricantes mostrou esforços em tornar mais consistente a integração entre TVs e aplicativos.
Prova disso foi o consórcio entre Philips, LG, Sharp e a fabricante alemã Lowe. Ficou estabelecido que as empresas usariam o mesmo SDK (kit de desenvolvimento de software) para aplicativos que serão oferecidos nos televisores. Logo, um software desenvolvido para a Sharp, por exemplo, pode muito bem rodar em televisores da LG, caso o fabricante esteja de acordo.
O ecossistema de aplicativos para televisores não é, nem de perto, próximo à extensão de variedade de programas para smartphones ou tablets, que já está na casa das centenas de milhares . As empresas consultadas disseram ter por volta de 5.000 aplicativos, mas esperam que a utilização de um mesmo kit de desenvolvimento acelere o crescimento desse número.
Clique na imagem abaixo e confira as fotos dos principais destaques da feira em Berlim
* O repórter viajou a convite da Philips