Feira de tecnologia realizada em Berlim, de 2 a 7 de setembro
Visor de tecnologia 3D será vendido por cerca de 800 euros ainda neste ano
Ele tem visual futurista e promete ao usuário a experiência de assistir sozinho ao conteúdo 3D exibido no telão do cinema. Mas se o HMZ-T1 será tudo isso ou apenas um trambolho high-tech depende totalmente do conteúdo nele exibido. A novidade apresentada na IFA 2011, feira de eletrônicos e eletrodomésticos realizada em Berlim, deve chegar ao mercado europeu até o fim deste ano por cerca de 800 euros (R$ 1.860). Não há previsão para lançamento no Brasil.
Chamado de “Personal 3D viewer” (visualizador pessoal de 3D, em tradução livre), o equipamento é um par de óculos que o usuário coloca para ter acesso a conteúdos 3D. Ele é composto, basicamente, por lentes 3D ativas (que precisam de bateria), fones de ouvido e uma espécie de suporte, que prende tudo isso à cabeça. O objetivo é dar a sensação de imersão.
A reportagem do UOL Tecnologia conferiu de perto (ou de dentro) o Personal 3D Viewer. A conclusão é que, apesar de libertar os usuários da dependência de uma TV de tela grande, os óculos 3D são bons principalmente por oferecerem uma experiência individual de consumo de mídia. Já a experiência tridimensional depende do conteúdo exibido na telinha que simula uma telona de cinema, com 750 polegadas.
Durante os testes, por exemplo, a reportagem assistiu a um clipe musical de uma cantora asiática, com diversos efeitos 3D. Foi possível ver perfeitamente cada um dos efeitos brilhantes que a cantora soltava com as mãos em direção ao espectador. No entanto, ao jogar Gran Turismo no Playstation 3, qualidade foi menor. Tudo bem que é possível notar alguns efeitos 3D no jogo, como o movimento das mãos do piloto ou quando se tenta atropelar alguns dos espectadores da corrida (essa tentativa só ocorreu para efeitos de teste, ok?). Mas o jogo não oferece uma experiência rica deste tipo de recurso.
O som é um capítulo à parte. Os fones, apesar de parecerem simples, têm boa qualidade. Eles até simulam o sistema de som 5.1, que consiste em seis canais de som posicionados de tal forma que provocam a imersão.
Apesar de a novidade valer a pena em alguns casos, a questão é: você compraria ingresso para assistir a um filme 3D em uma tela gigante se houvesse dúvidas sobre a qualidade do recurso tridimensional? Se essa funcionalidade pudesse ou não ter qualidade na tela, dependendo do filme? Provavelmente, não.
O sistema de alimentação da novidade é feito via porta USB e ele é compatível com qualquer aparelho que disponibilize conteúdos 3D.
* O repórter viajou a convite da Philips