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10/10/2011 - 11h53 / Atualizada 10/10/2011 - 15h25

Grupo hacker acusa governo alemão de criar software para espionar cidadãos do país

Da Redação
  • Foto tirada em 27 de dezembro de 2010 mostra membro do grupo hacker Computer Chaos Club com seu laptop. Recentemente, o CCC descobriu o que seria um software espião criado pelo governo

    Foto tirada em 27 de dezembro de 2010 mostra membro do grupo hacker Computer Chaos Club com seu laptop. Recentemente, o CCC descobriu o que seria um "software espião" criado pelo governo

O governo alemão teria desenvolvido um software espião para ser usado contra os próprios cidadãos do país, conforme acusação feita pelo grupo hacker Chaos Computer Club (CCC). As informações são da “Deutche Welle”.

No último sábado, o grupo hacker alemão CCC divulgou uma análise do chamado “Bundestrojaner” (cavalo de troia federal). O grupo encontrou o programa espião por meio de uma denúncia anônima e alega que o cavalo de troia foi desenvolvido pelas autoridades policiais para interceptar dados pessoais de computadores.  

Segundo o CCC, o programa de interceptação legal vai "muito além do que normalmente seria permitido pela legislação do país". “O malware consegue não só filtrar dados pessoais como também oferece o controle remoto para que programas sejam executados arbitrariamente”, afirmam os hackers em um post divulgado no blog do grupo.

Entre as funcionalidades do software espião, estão a capacidade de rastrear o que é digitado pelo teclado, capturar telas, gravar conversas do Skype e até mesmo ativar webcams ou o microfone do computador para vigiar o que ocorre em volta da máquina.

Representantes do governo alemão não confirmaram nem negaram até o momento envolvimento na criação do software.

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Empresas endossam descoberta

Algumas empresas especializadas em segurança na internet confirmaram as descobertas feitas pelo grupo hacker.  

O chefe de pesquisa da F-Secure, Mikko Hypponen, afirmou à “Deutche Welle” que o CCC tem um longo histórico de pesquisas confiáveis. “Acho que é mais provável do que improvável que o governo alemão tenha desenvolvido o malware. “Existem detalhes no código do software que o faz diferente de programas criminosos”, adicionou.

Para o consultor sênior da Sophos, Graham Cluley, o malware “aparentemente está conectado a um endereço IP baseado em Dusseldorf ou Neuss”, ambas cidades alemãs. O especialista disse ainda que documentos divulgados pelo Wikileaks em 2008 descrevem funcionalidades que combinam com o comportamento do software encontrado.

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