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10/02/2012 - 11h47 / Atualizada 10/02/2012 - 11h54

Proibição de bebidas dá origem ao lado B da Campus Party, com cerveja e Michel Teló

Ana Carolina Prado
Do UOL, em São Paulo

Se os participantes da Campus Party parecem comportados demais dentro da arena onde ocorrem as palestras, a coisa muda de figura fora dos portões do Anhembi. É lá que, a partir das 23h, acontece a chamada Campus Party B, encontros organizados pelos próprios campuseiros para conhecer gente nova, tomar umas cervejas e, quem sabe, se dar bem (naquele sentido, mesmo).

  • Enviado por Adriano

    Campuseiros tocam violão do lado de fora dos portões do Anhembi

“Já vi sair muito namoro e até casamentos daqui. É um bom meio para você socializar e sair um pouco do computador”, disse Maria Eduarda*, que organiza os encontros desde a primeira edição do evento. Quando estão animadas, as festinhas costumam durar até o amanhecer. Enquanto alguns tocam violão e fazem uma espécie de luau, outros dançam Michel Teló. Também tem quem prefira só fazer um “esquenta” ali e ir para a balada depois.

Alguns campuseiros se comprometem a comprar bebida e cobram R$15 para uma noite “open bar”. Já os vendedores ambulantes cobram R$10 por três latinhas. “Nos informamos com os seguranças e eles disseram que é proibido consumir bebidas dentro do Anhembi. Do lado de fora pode. Então ficamos na rua”, contou Adriano (que não quis ter o sobrenome divulgado), também organizador da Campus B.

O open bar é relativo, pois os participantes não bebem mesmo o quanto querem. Quando alguns começam a exagerar, são alertados a parar de beber e ir para a barraca dormir, garantem os organizadores. “Numa das noites, vimos um pessoal chegando da balada bêbado e ficamos com medo de a organização achar que eles tinham bebido tudo aquilo por aqui. Sempre ficamos de olho pra ninguém passar mal ou causar confusão”, disse Adriano.

  • Enviado por Adriano

    Na Campus Party B, rolou até coreografia para "Ai se eu te pego", do Michel Teló

Mesmo assim, problemas acontecem. “Ano passado, um menino saiu correndo pelado pelo camping. Desde então, tomamos mais cuidado”, contou Maria Eduarda, revelando que o lado B da Campus Party já é uma tradição. Segundo os campuseiros, as festas estão mais tranquilas este ano. Em 2011, teve até strip-tease – obra de uma amiga (que não era campuseira) de Maria Eduarda.

A divulgação dos encontros ocorre via redes sociais. No grupo da Campus Party no Facebook, muitos já aproveitam para tentar arranjar companhia. Anúncios de gente “carente” são comuns, bem como cantadas nerds. “Tem menino que canta meninas chamando-as para jogar UNO da barraca dele”, diverte-se Eduarda. “E rolam muitas iniciações [sexuais] por aqui. Dá dó, vejo uns meninos que nunca beijaram na vida. Eu já ajudei muita gente, arrumando mulher ou executando o serviço eu mesma, se for com a cara dele”, ri.  

*O nome foi alterado a pedido da entrevistada

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