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17/02/2012 - 08h58 / Atualizada 22/02/2012 - 11h34

Google burlou segurança do navegador da Apple para espionar hábitos dos usuários

Do UOL, em São Paulo

O Google e outras empresas de publicidade na internet rastrearam ilegalmente hábitos de navegação de usuários do Safari, da Apple, segundo o “Wall Street Journal”. A partir de códigos capazes de burlar configurações de segurança do navegador, as companhias coletaram informações de pessoas que pensavam ter bloqueado essa possibilidade pelo browser.

O Safari é usado largamente por usuários de dispositivos móveis da Apple, como iPhone e iPad. O software possui uma função que bloqueia o envio de informações da navegação quando habilitada pelos usuários, mas o código usado pelo Google ainda assim “espionava” e rastreava o que era feito no Safari.

  • Reprodução

    Opção de segurança no Safari permite bloqueio de cookies de empresas de publicidade

Dados de navegação coletados via cookies (arquivos com dados da navegação na internet) são usados por empresas que vendem espaços publicitários, tanto para aumentar o desempenho de anúncios quanto para exibir uma propaganda baseada no perfil de determinado usuário.

O Google desabilitou o código depois de ser contatado pelo “Wall Street Journal”. Em um comunicado, a empresa afirma que o jornal descaracterizou o que aconteceu e o porquê. “Usamos uma funcionalidade conhecida do Safari para oferecer recursos que usuários logados no Google haviam habilitado. É importante frisar que os cookies de publicidade não coletaram dados pessoais.”

O Google já havia sido multado por violar um acordo feito com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês), com o qual se comprometeu a não "deturpar" suas práticas de privacidade ao apresentá-las aos consumidores. A multa aplicada foi de US$ 16 mil por dia.

A Apple comunicou que “está trabalhando para pôr um ponto final” nas táticas de neutralização das configurações de segurança do Safari.

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