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14/03/2012 - 17h31 / Atualizada 14/03/2012 - 17h39

Lojas virtuais alegam que multa de R$ 1,7 mi e suspensão de sites são 'desproporcionais'

Do UOL, em São Paulo

A B2W Companhia Global do Varejo, empresa de comércio eletrônico que controla Americanas.com, Submarino e Shoptime, alega que a suspensão por três dias do acesso às lojas virtuais determinada pelo Procon-SP e a multa de R$ 1.744.320 são “desproporcionais”. A companhia afirma que vai recorrer da suspensão do acesso e da multa, embora a decisão do Procon-SP, publicada nesta quarta (14) no “Diário Oficial do Estado”, afirme que “não é cabível a interposição de novos recursos ou pedido de reconsideração”.

Em nota à imprensa, a B2W afirma que “trabalhou intensamente para resolver as questões que impactaram seus clientes” no período analisado pelo Procon-SP. A empresa teria conseguido reduzir em 27,9% a quantidade de reclamações de consumidores, quando comparado o segundo semestre de 2011 com o primeiro.

Sergio Bermudes, advogado da B2W , diz em nota à imprensa que a decisão é  uma “agressão virulenta e infundada, violadora da garantia constitucional do livre comércio pela desproporcionalidade entre a multa, a pena e a alegada falta, correspondente a menos de 1% de todas as entregas, fato que acontece em absolutamente todo o mundo e sempre decorrente de causas distintas”. 

O advogado prossegue afirmando que “comprovado o atraso das encomendas neste percentual, não é razoável a retirada dos sites da B2W do ar, nem a multa de quase 2 milhões de reais".

Entenda o caso

O Procon-SP determinou a suspensão por três dias dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime – eles não poderão realizar vendas em todo o Estado de São Paulo por 72 horas, a partir de quinta-feira (15). As três páginas são de responsabilidade da B2W Companhia Global do Varejo, que também deverá pagar multa no valor de R$ 1.744.320 por conta de reclamações de clientes. A decisão foi publicada nesta quarta (14) no "Diário Oficial do Estado", e não cabe recurso.

A suspensão tem como base o artigo 56, VI do Código de Defesa do Consumidor, e foi motivada por reclamações em 2011 sobre entregas de produtos e também defeitos nos itens adquiridos. “Isso é um descaso, desrespeito ao consumidor. Fizemos várias tentativas chamando a empresa para o diálogo no Procon, mas o problema não foi resolvido”, explicou em nota Paulo Arthur Góes, diretor-executivo da fundação.

Em 2010, continua a nota, o Procon-SP registrou 2.224 atendimentos sobre problemas com os sites da B2W. Em 2011, esse número aumentou em 180%, com o registro de 6.233 atendimentos.

Segundo a fundação, a empresa já havia recorrido da decisão em 1º grau para a suspensão dos sites, publicada em 10 de novembro de 2011 no "Diário Oficial". A decisão, no entanto, foi mantida, conforme divulgado nesta quarta-feira. 

Há também a determinação de que, na página inicial dos sites bloqueados, seja exibida a seguinte mensagem: “O Grupo B2W, em virtude de decisão proferida pela Fundação PROCON – SP, em processo administrativo de n° 2573/2010, está com as atividades de e-commerce suspensas em todo o Estado de São Paulo, por 72 (setenta e duas) horas, a partir de 15 de março de 2012”.

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