Após batalha legal, americana reativa conta no Facebook do filho morto em 2005
Uma moradora do Estado de Oregon (EUA) ganhou um processo judicial contra o Facebook para que pudesse acessar o perfil na rede social do filho, morto em 2005 em um acidente de moto. A página havia sido desativada após a mãe pedir à rede social para mantê-la online. Após dois anos de batalha legal, a mãe teve acesso à conta por apenas 10 meses antes que fosse apagada pela companhia.
O caso foi revelado na última quinta (15) pela "Associated Press” como exemplo do entrave legal entre empresas de internet e familiares de pessoas que eram usuários desses serviços, mas morreram. Alguns legisladores nos Estados Unidos pretendem criar leis para que empresas garantam o acesso desses parentes às contas dos usuários falecidos, fazendo de perfis online os “bens digitais” de uma pessoa.
Karen Williams, por exemplo, entrou em contato em 2005 com o Facebook por e-mail após achar a senha do perfil de seu filho, pedindo que a conta fosse mantida para que ela pudesse olhar posts dele e comentários dos amigos do filho. A empresa, pouca horas após o contato, mudou a senha da conta, impedindo o acesso da mãe. “Foi de cortar o coração”, disse Karen à "AP".
A americana entrou com uma ação contra a rede social e, depois de dois anos, conseguiu na Justiça a permissão para acessar a conta do filho novamente, mas apenas por dez meses. Depois do período, a conta foi apagada.
Atualmente, o Facebook possibilita que perfis de pessoas que morreram sejam transformados em “memoriais”. A família faz o pedido à rede social, que então “congela” o acesso ao perfil (ninguém poderá fazer login e modificá-lo).
Apenas amigos adicionados no perfil até a data poderão visualizá-lo e deixar posts em memória à pessoa. Um perfil transformado em memorial também impede que a pessoa falecida apareça nas sugestões de amigos (Pessoas que você pode conhecer) em outros perfis.
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