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27/03/2012 - 10h25 / Atualizada 27/03/2012 - 12h11

Japonês processa Google dizendo que serviço de buscas causou sua demissão

Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução Google

Em Tóquio, um tribunal ordenou ao Google que suspendesse o “autocompletar” palavras em seu serviço de busca após um homem alegar que isso o fez ser demitido. É a primeira vez que a função, que sugere frases ou palavras na busca antes de o usuário terminar de digitar, é alvo de uma ação judicial.

O homem, que não teve sua identidade divulgada, acusa o serviço de violar sua privacidade e arruinar sua vida profissional por associar, pelo recurso "autocompletar" da busca, o nome dele com atos criminosos. Segundo seu advogado, Hiroyuki Tomita, buscas no Google em seu nome incluíram 10 mil palavras que o difamavam ou menosprezavam.

O homem acredita que isso o levou a ser demitido e minou seus esforços de conseguir um novo emprego. Tomita relatou à agência de notícias japonesa Kyodo que seu cliente chegou a pedir que o Google excluísse certas palavras de sua busca, mas teve o pedido rejeitado sob a alegação de que os termos eram selecionados mecanicamente e que isso não teria como ferir sua privacidade.

"Isso poderia levar a danos irreparáveis, como perda de emprego ou de falência, apenas por exibir resultados da pesquisa que constituem difamação ou violação da privacidade de uma pessoa individual ou empresas de pequeno e médio porte", disse o advogado.

Até agora, o Google se recusou a suspender o recurso, dizendo que não vai ser regulamentada por lei japonesa e que não está violando nenhuma política de privacidade.

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