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23/02/2010 - 19h51

Justiça ameaça suspender temporariamente operações da Fastweb

Por Deepa Babington

ROMA (Reuters) - Promotores italianos estão tentando suspender temporariamente as operações da empresa de banda larga Fastweb e uma unidade da Telecom Italia por conta de uma investigação de lavagem de dinheiro pelo fundador da Fastweb, o bilionário Silvio Scaglia.

Scaglia, um dos mais ricos homens da Itália, e Nicola Paolo Di Girolamo, um senador da coalizão governista, estavam entre as 56 pessoas que receberam mandados de prisão, disseram investigadores em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.

Os promotores alegam que o dinheiro foi lavado por meio de compras e vendas de um fictício serviço internacional de telefonia avaliadas em mais de 2 bilhões de euros entre os anos de 2003 e 2006, realizadas com o conhecimento dos principais executivos da Fastweb e da Sparkle, unidade da Telecom Italia.

Em relatórios separados, as companhias negaram qualquer irregularidade e disseram que a investigação era de uma suposta evasão fiscal.

A Fastweb, segunda maior provedora de Internet da Itália, fechou o dia em queda de 7,55 por cento, a 15,05 euros, chegando a registrar o menor valor em 15 meses, antes de mostrar alguma recuperação. As ações da Telecom Itália cedera 2,87 por cento, para 1,083 euro.

A investigação ocorre no período em que a Itália enfrenta acusações de corrupção no alto escalão, antes das eleições regionais do próximo mês.

Entre os casos, o tribunal de apelações irá decidir na quinta-feira se um advogado britânico foi corretamente condenado por ter recebido um suborno do atual primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Um outro escândalo de corrupção envolve o principal membro da agência de proteção civil da Itália, um dos principais assessores do primeiro-ministro, que nega qualquer irregularidade.

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