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04/09/2006 - 09h37

Convergência sai dos quartos dos filhos e chega à sala de estar

FRANCISCO MADUREIRA

Editor do UOL Tecnologia

Em Berlim (Alemanha)
Imaginar aparelhos que reúnam recursos de celular, câmera digital, palmtop e computador e tenham acesso à internet já era trabalho do setor de tecnologia há quase uma década. Mas agora, a dita "convergência" parece finalmente começar a sair do quarto do filho adolescente e caminhar em direção à sala de estar.

A indústria de eletrônicos fala em uma "nova convergência", centrada no consumidor e os usos cotidianos que ele pode fazer de uma tecnologia poderosa, mas descomplicada.

Esse ao menos foi o discurso de Rudy Provoost, diretor-executivo da Philips para a área de eletrônicos de consumo, em seu keynote durante a IFA 2006, maior feira de eletrônicos e tecnologia da Europa.

Segundo Provoost, a "nova convergência" é fruto do envelhecimento da população. "O americano médio terá 41,7 anos em 2050, e pode esperar viver mais 45,8 anos", disse. O executivo acredita que a geração pós-guerra acessa a Internet com mais freqüência e será cada vez mais capaz de lidar com a tecnologia.

A indústria de eletrônicos, claro, não pode ficar fora dessa onda. TVs e rádios cada vez mais têm recursos antes restritos ao computador. Durante a feira, a Philips foi uma das expositoras que demonstrou várias funções de uma futura casa inteligente —como arrastar uma foto que você vê na televisão para um porta-retratos digital que está na parede ou sobre o aparador.

Outro recurso que a empresa demonstrou é uma mesa chamada "Entertaible", cujo tampo possui embutido um telão LCD de 32 polegadas com recursos touchscreen e reconhecimento de formatos. O telão roda jogos como xadrez ou futebol, e os primeiros testes da tecnologia para uso em hospitais e cassinos começam no final do ano.

Tecnologias como estas, diz Provoost, são parte de uma nova realidade para o setor de eletrônicos de consumo —dar poder ao usuário para que ele personalize seu consumo de mídia. "As fronteiras entre tecnologia da informação, eletrônicos e telefonia estão caindo", disse.

E já não era sem tempo.

O jornalista viajou a Berlim a convite da Philips

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