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06/09/2007 - 08h00

Navegadores GPS mostram prédios em 3D em feira na Europa

DANIEL PINHEIRO

Do UOL Tecnologia, em Berlim (Alemanha)
Os navegadores GPS (Global Positioning System) foram destaque na IFA 2007, maior feira de eletrônicos da Europa. Apesar de continuarem com o mesmo visual, os aparelhinhos que já começaram a substituir o velho guia de ruas nos carros do velho continente receberam novos recursos, como visualização 3D e uso de energia solar.

Um exemplo disso é o navegador iGO my Way 8, da empresa húngara Nav N Go. Ele permite que o usuário veja no mapa, enquanto dirige, ilustrações em três dimensões das construções presentes na rua.

"Se você estiver passando perto do Portão de Brandenburgo, aqui em Berlim, será capaz de identificá-lo pela tela do seu navegador GPS", diz Réka Anna Szenrdrödi, executivo de marketing da empresa.

Essa experiência pode repetir-se na maioria dos países europeus, segundo Szenrdrödi. "A mesma coisa vai acontecer se você passar pela Torre Eiffel, pelo Coliseu... poderá ver as construções e monumentos por onde passar."

O Brasil, apesar de estar na lista de países cobertos com o mapa de navegação disponível no iGO my Way 8, ainda não possui visão 3D de ruas.

"Por enquanto não oferecemos em 3D o Cristo Redentor ou daquele morro que tem nome de um doce", brinca Szenrdrödi, referindo-se ao Pão de Açúcar.

Entenda como funciona a navegação por GPS

Outra novidade no mercado dos navegadores é uma antena GPS equipada com um painel solar e conectividade Bluetooth.

O dispositivo G55, da empresa taiuanesa GlobalTop, usa uma antena MTK, capaz de receber dados dos satélites GPS em até 50 canais e foi desenhada para funcionar com smartphones e palmtops.

Mas o painel solar ainda não tem a capacidade de carregar plenamente o gadget, diz John Yang, gerente de vendas da empresa. "Ainda não é 100% funcional só com energia solar, mas já é um começo", explica. "Mas se temos a luz do Sol, que o carro recebe durante os percursos diurnos com céu aberto, porque não aproveitá-la de maneira inteligente?"

Aparelhos "conversam"
Outra facilidade é a comunicação direta com o celular, já que o aparelho usa Bluetooth. "Dessa maneira, o usuário pode deixar a antena em um lugar em que fique bem exposta ao Sol, e o dispositivo com o mapa de navegação pode ficar em um raio de até dez metros de distância", diz o funcionário da GlobalTop.

Segundo Yang, a empresa já mantém conversas com algumas fabricantes de PDN para incorporar o carregador solar em seus aparelhos específicos para navegação GPS.

Mercado europeu
O típico navegador GPS vendido na Europa tem os mapas detalhados de todos os países do continente e, quase sempre, também dos Estados Unidos. Os dados são armazenados em um cartão de memória —dificilmente de capacidade menor que 1 GB.

Quando o assunto são recursos no mapa, a oferta é também bastante semelhante —inclusive se comparados aos ainda caros navegadores GPS vendidos no Brasil.

Em geral, há um player digital para tocar vídeos e MP3 direto do gadget, sem a necessidade de levar um toca-MP3 ou ter um rádio com conexão USB. Também é possível ver fotos. Alguns deles já permitem receber conteúdo digital de celulares e PDAs, por exemplo, direto via Bluetooth.

Esse é outro detalhe importante: na Europa, navegação GPS é quase sinônimo de PND [sigla em inglês para Personal Navigation Device, ou Dispositivo Pessoal de Navegação], não um palmtop equipado com antena GPS e um soft de mapas roteado. Basta olhar as vendas de 2006 na Alemanha —2,8 milhões de PNDs, contra apenas 80.280 smartphones com GPS.

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