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01/10/2007 - 09h46

Humanóides saem da ficção para entrar na realidade

Marcelo Ayres
Para o UOL Tecnologia
Quando Isaac Asimov escreveu "Eu Robô", em 1950, a computação estava em pleno desenvolvimento e a Guerra Fria impulsionava as pesquisas tecnológicas. Cinqüenta e sete anos depois, os robôs começam a se tornar uma máquina possível de coexistir com os humanos nos moldes de seu personagem Sonny.

O projeto de um robô que "deveria coexistir com os humanos", como explicava a Honda, começou em 1986. Depois de 14 anos de pesquisas, a empresa lançou o Asimo, a experiência de maior sucesso nesta área da robótica. O Asimo pode andar, sentar, correr, subir escadas e ainda carregar objetos como bandejas, carrinhos e até dar a mão a uma pessoa e ficar assim até que seja necessário que pare. Ele interage com os humanos e entende o que seu interlocutor ordena.

Os coreanos não ficaram para trás. O Rogun da KornTech pode reconhecer rostos humanos e avisar sobre intrusos. Ele foi desenvolvido para funcionar como uma babá eletrônica ou guarda de segurança. O Rogun pode andar sozinho pela casa ou escritório, e se notar algo estranho aos seus arquivos de segurança, entrar em contato com seu dono por meio do celular em uma conexão Wi-Fi.

Para realizar tarefas humanas, no entanto, não é preciso ter forma humanóide. É o caso do Peoplebot, que não parece gente, mas pode trabalhar como garçom. Ele pode se movimentar sozinho sem a necessidade de comando e seus sensores de câmeras, sonar e laser fazem com que o Peoplebot desvie das pessoas e se afaste em caso de uma possível colisão.

Alguns auxiliares servem para resolver tarefas simples que às vezes causam dor de cabeça, como lembrar que deixou algo ligado em casa depois de ter pego um avião para viajar, por exemplo. O Chapit funciona à distância, via Internet, e foi criado para resolver esses pequenos problemas. Pode ser acionado pela Web para que acenda as luzes, ligue o ar-condicionado ou outras funções que estejam interligadas a ele.

Com essas características, é natural que as empresas passem a desenvolver cada vez mais o conceito de "robô pessoal". É o caso do Papero (cujo nome é um acrônimo para "PArtner PErsonal RObot", que pode ser traduzido como "Robô Parceiro Pessoal"). Ele foi lançado em 1999 e parece um brinquedo com "carinha" de carente. Com sensores de toque, som e imagens, se uma pessoa toca a sua cabeça ou pega em seu colo, o Papero reconhece a imagem da pessoa e pode saudar cada um de maneira diferente. Pode até falar de maneira diferenciada com crianças e adultos.

O mais popular atualmente, no entanto, é o Robosapiens. Desde seu lançamento, já foram vendidas mais de 4 milhões de cópias e recentemente estrelou uma campanha publicitária para o Mc Donald´s na TV. Com apenas 35 cm de altura, não é grande como o Asimo, mas também pode interagir com os humanos. Tem sensores de toque, de imagem e para sons. Pode correr, caminhar, dançar e até fazer movimentos de artes marciais por meio de seus 67 movimentos programáveis.





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