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30/11/2007 - 07h12

Pare e respire: pouca coisa muda no início da TV digital

CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia
Se você está confuso com tanta informação sobre a TV digital e tem a impressão de que o mundo pode acabar neste domingo, quando estréiam as transmissões, pare e respire. Quase nada vai mudar, pelo menos por enquanto.

Para entender o que vai acontecer nas próximas semanas (e até mesmo meses), vale voltar no tempo e relembrar a chegada de novas operadoras de telefonia móvel aos municípios brasileiros.

Na época, os primeiros usuários que decidiram trocar de operadora ficaram na mão, pelo menos uma vez, por falta de sinal em determinados pontos da cidade. Ou pagou caro por aquele modelo que acabara de chegar no Brasil. Tudo bem que isso ainda acontece, mas com o passar do tempo, os problemas de cobertura foram diminuindo, e a chegada de novas operadoras impulsionou a redução de preços e a melhoria nos serviços.

É mais ou menos por esse caminho que a TV digital deve seguir. "Escolhemos o modelo aos 45 minutos do segundo tempo, e agora é hora de colocá-lo em prática", brinca Huber Bernal Filho, consultor e engenheiro de telecomunicações.

Para ele, não adianta esperar que nos próximos dias já seja possível comprar aquela roupa do protagonista da novela das nove ou votar no melhor ator apertando apenas o botão do controle remoto. "A estréia não vai significar o serviço 100% completo. Em nenhum país a interatividade chegou na estréia", afirma.

Tela azul

Inclusive, é até possível que você se depare com a velha tela azul (que representa a falta de sinal) em vez da imagem de alta definição prometida, como aconteceu, por exemplo, quando tentamos testar os conversores aqui na redação do UOL Tecnologia.

O susto da tela azul é algo previsível (e, sim, irritante) neste momento porque São Paulo é a primeira cidade a experimentar a tecnologia, que antes estava restrita a testes. As áreas de sombra, que representam locais aonde o sinal ainda não chega por conta de alguns obstáculos, são possíveis.

"A escolha da capital paulista para a estréia da tecnologia dará uma boa dimensão das dificuldades e acertos do sistema porque aqui temos antenas de celulares, rádio, televisão e uma alta densidade demográfica. Se tudo for acertado por aqui, a TV digital dará certo em todo o país", diz Huber.

Então, quer dizer que agora ainda não é o momento para entrar na onda digital? Se levarmos em conta o preço dos conversores, os possíveis ajustes que ainda podem acontecer e a dor de cabeça que tais ajustes podem causar, a resposta é não. Mas se testar novas tecnologias for diversão para você, vale espremer o orçamento e embarcar na aventura.
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