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01/04/2008 - 07h03

Empresas usam idéia de inclusão digital para promover adoção de WiMAX

Paulo Rebêlo | Para o UOL Tecnologia
Uma tática das empresas para promover o WiMAX junto a governos é apoiar a idéia de inclusão digital. Como a tecnologia de acesso consegue levar Internet sem fio até áreas remotas e sem infra-estrutura de cabos, torna-se uma excelente pedida— tecnicamente falando— para implementar o acesso nas cidades do interior.

No entanto, como mostra a experiência brasileira, essas mesmas cidades não geram receitas suficientemente interessantes para qualquer empresa. O resultado é o quadro atual da Internet banda larga no Brasil. Poucas cidades fora das capitais possuem boas modalidades a preços justos.

Diferentemente do Wi-Fi (que não é regulamentado), o WiMAX pode usar frequências licenciadas pela Anatel ou não. No caso das licenciadas, há segurança e diretrizes a seguir, como ocorre com a telefonia celular.

Ninguém sabe ao certo quanto o WiMAX irá custar ao usuário final. Pela lei de mercado, não deve ser tão diferente das opções disponíveis hoje.

Em tese, deveria ser mais barato nas capitais e um pouco mais caro no interior, onde não há cabeamento para Internet terrestre banda larga. As operadoras guardam os estudos comerciais a sete chaves. Segundo fontes do setor, apenas uma coisa é certa: o custo de implementação para as operadoras é bem menor no WiMAX do que no DSL.

Na prática, a implementação do WiMAX tem demorado mais do que qualquer previsão. Nos Estados Unidos, somente agora ocorre uma movimentação maior e as primeiras experiências verdadeiramente comerciais para usuários. No final deste ano é que as principais cidades americanas irão usufruir, de fato, do WiMAX comercial e amplo. Isto é, de acordo com a previsão das operadoras de lá. Em todo o mundo, existem apenas 75 redes WiMAX comerciais, nem todas potencialmente funcionais.

No Brasil, setores acreditam que a oferta de Internet sem fio pela rede 3G de celular pode ser o fim das possibilidades para o WiMAX no país. Pois, assim, não haveria tanta demanda (poucos usuários interessados ou com poder aquisitivo suficiente) e nem interesse de maiores investimentos para um produto que, na ponta final (do usuário), não teria tanta diferença assim na prática.

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