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01/04/2008 - 07h05

Licitações e burocracias atrasam adoção do WiMAX no Brasil

Paulo Rebêlo | Para o UOL Tecnologia
Com o cancelamento da licitação das frequências 3,5 GHz em 2006 para WiMAX, sobrou para este ano de 2008 a principal promessa de retomada. A expectativa inicial era de que Anatel lançasse uma licitação em março. Em 2006, foram mais de 100 participantes no processo.

Na disputa, as operadoras de telefonia fixa já foram excluídas nas regras da licitação da frequência 3,5 GHz como forma de atrair a concorrência, mas ganharam na Justiça o direito de participar. O processo atrasou e se arrasta até hoje.

Quando a licitação foi suspensa pela última vez, o TCU detectou erro na taxa de câmbio dos preços das licenças no texto original das regras e Anatel se viu forçada a rever os cálculos. Todos aguardam as cenas dos próximos capítulos.

Enquanto as burocracias não se resolvem, algumas empresas passaram a oferecer o mesmo recurso pelas redes de celular. A Parks, uma das cinco empresas do consórcio formado em dezembro do ano passado para explorar comercialmente o WiMAX no Brasil, já prevê crescimento em 30% para 2008, ao lançar uma linha de produtos para o acesso fixo e móvel. Há, ainda, a possibilidade de uma versão híbrida nos dois padrões homologados pelo WiMAX Fórum (802.16d e 802.16.e)

A TVA garante que ainda não lançou serviços de WiMAX em 2,5 GHz por não ter homologação da Anatel, mas promete novidades a qualquer momento em Curitiba. A capital do Paraná é sede da primeira rede de WiMAX da TVA.

As barreiras burocráticas, contudo, não são muito diferentes das enfrentadas na telefonia. Por exemplo, a Embratel é uma das poucas empresas atualmente habilitadas a oferecer WiMAX em 3,5 GHz, pois dispõe dessa faixa de espectro desde 2002, ao adquirir em leilão. A barreira comercial é, justamente, fazer com que empresas e operadoras se unam para fortalecer o padrão e oferta aos usuários, com preços competitivos.

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